Mais resultados

Generic selectors
Somente correspondências exatas
Pesquisar no título
Pesquisar no conteúdo
Post Type Selectors
post

“Será um ano que definirá as nossas vidas”, diz Denis sobre 2020

Denis Paim, histórias de taxistas na Bahia
Denis Paim da AGT - Fotos: Divulgação

Há cerca de 11 anos, descontente com a vida profissional, Ademilton Paim, o Denis, deixava o trabalho em um órgão público para iniciar a sua atuação como taxista. Hoje, ele é presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), que desponta como uma das principais entidades de defesa da categoria, em Salvador.

O trabalho em defesa da classe teve início em 2016, com a fundação da associação. “A AGT começou quando os aplicativos chegaram a Salvador. Nós reunimos 3, 4 taxistas pela necessidade de a categoria ter uma representação mais forte, devido a termos um sindicato omisso, que não olha para a categoria. Eu já tinha, aproximadamente, 8 anos na profissão e já me incomodava muito com o poder público, com o modo que o taxista era tratado. Então, foi quando veio o interesse de tomar essa briga, de defender a minha categoria, defender o meu trabalho”, revela.

 

De lá para cá, são mais de 3 anos. “A luta é muito grande, com muita dificuldade. Parte da categoria ainda não entende a importância de uma associação representativa lutando”, lamenta.

Durante esse período, junto a outras entidades e representantes da classe, a AGT compôs a luta contra a Uber em nível nacional e municipal. “Foram 23 viagens a Brasília, com dificuldade, com o apoio através de arrecadações da categoria”, revela Denis, que destaca os prejuízos trazidos pela plataforma: “O nosso pior problema é a redução dos ganhos com a chegada dos aplicativos”.

 

Ele também cita a violência que afeta a categoria. “A segurança está precária. Nós, já temos 388 taxistas assaltados na cidade de Salvador, só em 2019, até então”. O próprio Denis faz parte dessa estatística. No dia 2 de dezembro, ele sofreu um sequestro relâmpago. “Eu estava parado, já foram abrindo a porta do meu veículo e entrando. Quando eu ameacei sair, puxaram a arma e mandaram eu colocar o cinto. Rodaram comigo durante 5h, em diversos pontos da cidade, usando drogas”. Ele foi abordado por dois homens e duas mulheres, quando estava parado em um ponto na região do campo grande. “Uma das meliantes dizia que ia me matar, que eu era policial. Me deixaram às 22h em Simões Filho. […] No dia seguinte, às 7h, fui informado que tinham encontrado o veículo em Candeias. Nós fomos lá e encontramos o carro depenado”, conta.

Denis diz que já tratou o assunto em diversas reuniões com o Secretário de Segurança Pública e o Comando Geral da Polícia Militar, mas que nada tem sido feito. “Eles sempre demonstram estar à disposição da categoria, mas o que é acertado não é posto em prática”, reclama.

 

Questionado sobre as expectativas para o próximo ano, ele destaca que 2020 pode ser decisivo para a classe. “É um ano importante, porque é um ano político, um ano que define as nossas vidas. […] Quando fui a Brasília, vi a importância de ter um representante lá, que não temos, de ter um representante na esfera municipal e na esfera estadual. Espero que a categoria veja que a gente precisa ter um representante lá [na Câmara Municipal]. Mas um representante que tenha conexão com o taxista para estar lá dentro fazendo o trabalho político em nossa defesa”, conclui.

Por Helton Carlucho

(Visitas de hoje 1 | Visitas totais 136)

Compartilhe

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cadastre-se em nossa Lista de Transmissão

Siga nossas Redes Sociais

Siga nossas Redes Sociais