O transporte clandestino tem feito as suas vítimas também no município de Dias d’Ávila, Região Metropolitana de Salvador. Não só os taxistas estão sofrendo, como também o transporte público urbano e intermunicipal.
“Na realidade a clandestinidade sempre existiu, o problema é que a coisa se agravou de tal maneira que se tornou sem controle”, esse é um desabafo de um denunciante que pediu anonimato com receio de represálias.
O pirata atua como ligeirinho, fazendo corridas em carros particulares no esquema de lotação. Leva-se até cinco passageiros numa mesma viagem, cobrando cerca de R$ 2 por pessoa. Os locais de atuação da clandestinidade são conhecidos, rodoviária, feira da cidade, supermercados e no entroncamento.
O ônibus que circula na cidade cobra uma tarifa de R$ 2,10. O valor médio de uma corrida de táxi é de R$ 15, partindo do Centro para o bairro Cristo Rei, por exemplo.
Em resposta, o secretário de administração e transporte, Atilho Rusciolelle, falou que a superintendência de transporte vem realizando operações de combate, embora reconheça a dificuldade em acabar com a clandestinidade.
Com a concorrência desleal, o Ei, Táxi apurou que os taxistas já perderam cerca de 60% das corridas. Enquanto que nos últimos dois meses, as três empresas de ônibus que atuam na cidade tiveram, somadas, uma perda de aproximadamente 170 mil passagens ou R$ 357 mil.
A posição do secretário demonstra que as gestões municipais não estão preparadas para o enfrentamento. Além disso, também é evidente que falta compromisso político para resolver um assunto tão sério que já produz estragos em cadeia. Desemprego, queda na venda do comércio e, claro, na arrecadação tributária do município.