Taxista há 18 anos, Edson Drummond conseguiu dar melhores condições à família através da profissão

Edson Santos Souza, 67 anos, alvará A-6622, conhecido popularmente como “Drummond”, é taxista no ferry boat e está na praça há 18 anos. Aposentado da antiga rede de supermercados Paes Mendonça, encontrou na profissão a oportunidade de complementar o valor da aposentadoria, que considera “muito baixo”, e poder dar aos filhos melhores condições.

“Tenho cinco filhos, duas adotadas que fazem faculdade de Engenharia Civil. Eu trabalho com o táxi e corro atrás para dar aos meus filhos o que eu não tive”, explicou.
Mesmo se dizendo feliz com a profissão, ele acredita que o emprego formal ainda é a melhor alternativa, devido às dificuldades enfrentadas pelo taxista no dia a dia. “A fiscalização puxa muito, cobra muito. As vezes o taxista está certo e eles acham que está errado, procuram punir o taxista. O turismo depende de nós, quem recebe o visitante é o taxista, mas o órgão público deixa a desejar”, reclamou.
A crise financeira que o país enfrenta tornou 2015 um pouco mais difícil, nos confidenciou: “Atrapalhou muito o táxi, porque o povo está sem dinheiro. Dizem que o táxi está caro, mas não está devido o alto preço do combustível”.
Mas ele espera que haja melhora, levando em consideração a alta estação que está à porta. O fluxo no ferry ainda está dentro da média dos outros meses, mas deve ter um crescimento nos próximos dias.
Questionado sobre o que espera de 2016, ele pede que a classe avance: “a classe é sofrida, não tem um sindicato. Nós nos damos muito bem com o Secretário de Mobilidade, Fábio Mota, e acreditamos que podemos ter avanços através da cobrança dos representantes da categoria. É isso que espero para o próximo ano.