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Sindicombustíveis recomenda apresentação de selo durante abastecimento de GVN, mas postos de Salvador negligenciam

Com os constantes aumentos no preço da gasolina e do álcool, há algumas décadas o Gás Natural Veicular (GNV) se tornou o principal combustível dos taxistas. Estimasse que a tecnologia gere uma economia de até 56% em relação aos outros produtos, e que mais de 100 mil veículos utilizem o sistema no estado.

Como os veículos não saem de fábrica já com o kit gás instalado, os proprietários que optam por essa tecnologia devem recorrer às empresas credenciadas pelo Inmetro, que cobram entre R$ 4 e 5 mil pelo serviço. No entanto, para baratear o investimento, motoristas particulares acabam recorrendo a profissionais não credenciados, o que coloca em xeque a segurança do sistema.

Márcio Campos, gerente da empresa especializada em GNV, Rodegás, explica que além de ter que utilizar uma empresa adequada, o veículo a gás precisa passar por uma vistoria no órgão de inspeção vinculado ao Inmetro. Aprovado, o veículo recebe o Selo Gás Natural Veicular, determinado na portaria nº 190/2003, que comprova a segurança do sistema.

O profissional destaca que, ao negligenciar estas exigências, o condutor pode estar correndo sérios riscos. “Quando carro passa pela inspeção, são analisados requisitos de segurança, que não são pequenos. Quando isso não é feito, existe a possibilidade de ele ter instalado de forma inadequada, por um profissional clandestino. Então, é extremamente importante”.

Para representantes da categoria, casos de instalação inadequada e sistemas não vistoriados são recorrentes, por isso cobram iniciativas do poder público em alguns procedimentos, como o abastecimento.

Segundo João Adorno, porta-voz da Comissão dos Taxistas, existe uma norma reguladora que determina aos postos de combustíveis que, ao abastecer veículos movidos a GNV, solicitem do condutor o selo. “Mas, infelizmente, vivemos em um mundo capitalista em que esse processo acaba não sendo realizado”, reclama.

O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis), confirma que é dever do posto solicitar a apresentação do Selo de Vistoria Anual do Sistema de GNV, emitido por empresa acreditada do Inmetro dentro da validade indicada no próprio selo, e que a falta da apresentação “reveste de maior risco a operação de abastecimento”. No entanto, ao ser questionado se o posto que não mantivesse a conduta poderia ser penalizado, o órgão afirmou que “o posto não tem a função de fiscalizador” e “o selo é uma questão de segurança, de consciência”.

O taxista Bruno Mendes (A-6401), que usa GNV há 16 anos, acredita que o sistema adotado é falho, e que a apresentação do selo precisa ser uma determinação. “É necessário, por conta segurança. Acho que deveria ser mais rígido, para barrar essas pessoas que utilizam de forma clandestina”. Ele ainda explica que o taxista que utiliza GNV precisa apresentar toda a documentação do sistema durante a vistoria anual, e que por não terem essa exigência, condutores particulares passam a trafegar livremente sem nenhum tipo de cobrança efetiva.

Edvaldo Costa (A-4785) usa gás há mais de 20 anos. O condutor reforça a injustiça da situação. “É um perigo que corremos. Eu ando com meu carro regular, faço a revisão todo o ano, que é obrigatória, e os demais carros que usam gás não fazem”, brada.

Denis Paim, diretor da Associação Geral dos Taxistas (AGT), corrobora da opinião dos colegas e diz que apenas três postos de Salvador agem da forma adequada. “Temos um na Magalhães Neto, um na Bonocô e outro na Tancredo Neves”. Ele afirma também que tem articulado a situação junta à Polícia Militar (PM), Transalvador e Guarda Municipal. “Queremos que nas blitze, além de ver o documento do carro, eles peçam para ver o selo do gás, porque são muitos carros irregulares. Isso pode causar acidentes e gera desconforto para o próprio funcionário do posto”, conclui.

A reportagem do Ei, Táxi também procurou o Detran-BA para saber informações sobre a fiscalização do órgão em relação ao uso de GNV, mas não teve resposta até o fechamento da edição.

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