Por Cosme Júnior
Taxistas que atuaram no Festival Virada Salvador 2020 contaram à nossa reportagem a avaliação que fizeram sobre o evento, que reuniu cerca de 2 milhões de pessoas durante os cinco dias de festa na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio.
Para Antônio da Paz (A-6754), o festival teve um saldo positivo. “A organização da Transalvador foi muito boa, deu para trabalhar”, comentou o profissional, que atuou durante todos os dias da festa. Segundo ele, o único problema que constatou foi causado pelos motoristas de aplicativos. “O número de carros foi absurdo, os engarrafamentos foram terríveis por causa dos aplicativos. Eles tumultuam”, avaliou.
O presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, diz que houve dificuldades, mas também avaliou bem a atividade. “No dia 28, tivemos um problema por conta de um gradil que estava dificultando o acesso do passageiro ao táxi. Mas entramos em contato o coordenador da Cotae, Clemilton Santos, e com o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, e fomos atendidos com eficiência. No dia 29, as coisas já melhoraram para a categoria”, comenta.
Uma mudança no local da fila de táxi também agradou o taxista. “O ponto de táxi foi puxado mais para a frente, com isso o taxista ficou na cara do gol para pegar as corridas”, comemora Denis, que viu pontos positivos também no combate ao transporte irregular “Foi um ano que conseguimos trabalhar mais. Tivemos uma fiscalização mais eficiente contra os clandestinos”, pontuou.
André Cardoso (A-1053) diz que “a festa foi bem organizada”, mas também critica o gradil no primeiro dia. “Estava impedindo de os passageiros chegarem até o ponto de táxi”, destacou. Ele diz que após o problema ter sido resolvido “deu uma melhorada, mas o fluxo não foi tão bom, devido à atuação dos aplicativos”.
João Adorno, porta-voz da Comissão dos Taxistas, também lembra alguns problemas, mas faz uma boa avaliação. “No decorrer da festa as vezes acontecem algumas questões, mas que são ajustadas”, explica. Ainda segundo ele, o número de corridas também foi positivo. “Nos pontos oficiais, o número de conduções ultrapassou 10 mil, e nós temos uma estimativa de pelo menos 100 mil pessoas conduzidas fora dos pontos”.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade (Semob), ao todo, 868.364 pessoas foram transportadas pelos ônibus, táxis e mototáxis durante os cinco dias, e 1.450 taxistas atuaram durante o evento.
Durante a festa, a ocupação hoteleira da cidade chegou a 100% e a capital baiana figurou como destino mais procurado do Brasil para se passar Réveillon, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).