A Prefeitura de Porto Alegre-RS, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), informou que a partir de 22 de outubro os táxis da cidade terão tarifa única, sem Bandeira 2. Os permissionários do serviço têm até 27 de novembro para adequar o taxímetro e excluir a Bandeira 2 da tarifa. A alteração foi publicada no último dia 5, em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) e tem como base a Lei 12.420/18, aprovada na Câmara de Vereadores em julho deste ano. As novas tarifas serão: bandeirada inicial (R$ 5,18), quilômetro rodado (R$ 2,59) e hora parada (R$ 18,31).
Essa mudança abre um precedente para que outros municípios sigam nessa linha, o que, provavelmente, irá causar um descontentamento entre os profissionais. Muitos taxistas defendem a cobrança da Bandeira 2 como um benefício por ele estar atuando em dias e horários alternativos como nos finais de semanas e feriados. Há aqueles que mencionam que direitos conquistados não podem ser retirados.
Apesar desse provável questionamento dos taxistas e do esforço que é atuar em dias e horários diferenciados como no período da madrugada, o que realmente é um complicador a mais, há uma logíca inversa nessa prática quando se pensa na demana e isso ficou mais evidente com a chegada dos aplicativos que fazem a intermediação do serviço através de carros particulares. Embora o número de táxis seja muito menor, o número de clientes cai significativamente também. Além disso, a parcela de jovens em busca de transporte nos fins de semana é muito maior do que as pessoas de uma geração mais velha. Ou seja, o táxi fica mais caro justamente no momento em que há muito menos clientes interessados. O que não faz sentido se a análise for feita como funcionam outros mercados onde a oferta aumenta quando a demanda cai.
É importante ressaltar que o taxista não é um servidor público. O táxi é um serviço que está dentro de um segmento do mercado de transporte de passageiros e que, agora, possui concorrência. A adequação à realidade é necessária para sua própria existência.
Com informações da PMPA e do G1-RS
2 respostas
Acho válido o congelamento da tarifa e do uso de descontos, mas não sou a favor da retirada da bandeira 2 uma vez que os aplicativos em momentos de maior demanda aplicam fatores multiplicadores o táxi tem a bandeira 2 pra compensar e incentivar. Porém, acredito que a regra do uso da bandeira 2 deva mudar. O uso deveria ser apenas em grandes eventos onde há grande demanda de passageiros, fora isso, seria usada a bandeira 1 e em momentos de baixa demanda aplicar o desconto de 20%. Tirar a bandeira 2 seria um retrocesso pois impediria a cobrança de um valor maior em momentos de alta demanda onde até mesmo os aplicativos cobram até 5 ou mais vezes a mais do que o normal.
O serviço tende a ser desvalorizado pq a categoria insiste em preservar o Sistema de Táxi e não lutar pra libertar a profissão taxista no Brasil.
Só com instituiçao forte e única que já sabemos o Conselho Federal que conseguiria blindar e fomentar a estrutura econômica com a arrecadação de todos os taxistas do Brasil.
Quem insiste no erro é o que?