Através dos Projetos de Indicação 122 e 133/2022, o vereador Maurício Trindade (PP) indicou ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), a suspensão de todas as taxas sobre a atividade de táxi e a suspensão das apreensões de veículos com idade acima de 8 anos, no município, até que cessem os efeitos da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19.
Os projetos já passaram pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Salvador (CMS) e, enquanto não são aprovados pelo plenário, o parlamentar tem articulado com o poder executivo. “Estivemos com o prefeito esta semana e ele está com toda boa vontade de tentar resolver”, explicou Trindade.
Segundo o parlamentar, Bruno Reis sinalizou positivamente para a isenção de taxas. E como uma alternativa para os veículos com idade acima de 8 anos, sugeriu ao prefeito que esses carros passem por vistorias que atestem a condição de uso do veículo, e assim os profissionais possam trabalhar de forma regular até que consigam adquirir um novo automóvel que cumpra a exigência.
A iniciativa tem a articulação da Associação Geral dos Taxistas (AGT), através do seu presidente, Denis Paim, que nos últimos meses tem buscado solução para a questão.
“Os carros estão dobrando de preço. O combustível está dobrando de preço, as peças estão ficando cada vez mais caras. Muitos estão deixando a profissão por conta da dificuldade”, explicou Denis.
“A gente tem pedido a isenção da taxa de vistoria, que a gente gasta em média R$ 600. Também pedimos que, temporariamente, os táxis possam circular mesmo tendo mais de 8 anos. Do contrário, mais de mil carros deixarão de circular na cidade até o ano que vem”, revelou.
Em entrevista ao Ei, Táxi no mês de abril, o Coordenador de Táxi e Transportes Especiais (Cotae), Dilmar Copque, frisou o posicionamento da gestão sobre a idade máxima do veículo. “A prefeitura não tem objeção nenhuma que seja 10 anos ou mais do que isso, desde que esteja na lei e que sejam estabelecidos parâmetros técnicos e seguros para que o serviço de táxi seja prestado. Não existe nenhum óbice do coordenador ou do secretário quanto a idade do veículo, o óbice está estritamente descrito na lei”.
O vereador se diz confiante que, após seguir os ritos dentro da CMS, os pedidos sejam aprovados pelo prefeito. “Acredito que a prefeitura vai ter mais condescendência para que a CMS se posicione. O prefeito não vai ser tão rígido em sua posição em virtude dessa questão social. Isso está mais ou menos negociado com a prefeitura”, declarou.