Todos nós já fomos vítimas e pessoas próximas a nós também tiveram imensos prejuízos com o abastecimento de nossos veículos com combustível adulterado. Como isso pode acontecer? Como, com tantos órgãos, produtoras e distribuidoras responsáveis pelo controle de qualidade e fiscalização, tamanho crime pode acontecer e continuar acontecendo impunemente?
O cidadão quando procura produtos e serviços no mercado, paga, pega nota fiscal, paga impostos e margens de lucro. Como aceitar ser vergonhosamente lesado e roubado?
Não se trata só de corrupção, de roubo e fraude, é a união do crime organizado com o crime institucionalizado, pois nesse casamento marginal só ganham os criminosos. Perde o cidadão, o contribuinte, o Estado e a sociedade.
No setor de transportes, como em todos os demais segmentos econômicos, essa rede marginal se expande e sobrevive com estímulos, como se vê na concorrência predatória e desleal entre o transporte regular e o clandestino. Um paga impostos, gera emprego, é fiscalizado, controlado e o outro joga solto, livre, impune e sem controle nenhum.
No comércio, os lojistas regulares e legais concorrem com os vendedores de carga roubada, contrabando e descaminhos.
Essa ausência do Estado, essa omissão histórica, a negligência endêmica e permissividade epidêmica dos poderes públicos e das entidades de classe são responsáveis direta e indiretamente pelo desemprego, inflação, pobreza e baixa arrecadação.
Nesse cenário absurdo e enredo de terror, o cidadão de bem não tem quem o defenda, não tem a quem recorrer. Mais que concorrência predatória, isso são práticas criminosas na terra onde a lei não vale para todos.
Não existe bandido – empresário, marginal – comerciante, criminoso – profissional, ladrão – prestador de serviços. Bandido é bandido e como tal deve ser tratado.
Antônio Carlos Aquino de Oliveira
Administrador, Consultor, Palestrante e Empresário do setor de publicidade
Respostas de 2
Com certeza estamos ao Deus dará neste cenário de flagrante desrespeito ao Estado Democrático de Direito, onde exatamente o Direito vem sendo pessimamente reinterpretado, como se fora apenas um instrumento para satisfazer interpretações pessoais movidas por outros interesses que não fazer valer o disposto no Ordenamento Jurídico-Legal do país, superpondo-se até mesmo à razão. O resultado é este de anarquia generalizada.
Perfeito Aquino. “Bandido é bandido e como tal deve ser tratado”. Sem mais comentários.