Por Helton Carlucho
De acordo com dados da Associação Geral dos Taxistas (AGT), só nos primeiros 15 dias de novembro, 23 taxistas já foram assaltados. No ano, são 347 escorrências envolvendo a categoria. Para Denis Paim, presidente da AGT, os números são reflexo da impunidade. “A polícia está prendendo, mas, infelizmente, a justiça está soltando esses marginais nas audiências de custódia”, reclama, lembrando que um único casal já praticou 40 assaltos. “Eles já foram presos cinco vezes entre setembro e novembro, mas sempre são soltos”, lamenta.
Os meses de março e setembro foram os mais críticos, com 43 e 42 crimes praticados contra a classe, respectivamente.
A categoria tem cobrado ações preventivas dos órgãos competentes. Em audiência com o comando da PM, a AGT ressaltou a necessidade de abordagem a taxistas. “Tivemos uma reunião há três meses, eles se comprometeram a fazer ações de reforço à segurança, mas não vêm acontecendo”, reclama Paim. “Ficou acordado que eles fariam abordagens aos táxis, mas não acontecem. Quando abordam, é ação de rotina, e abordam sem o passageiro. A necessidade da abordagem é com o passageiro, que é quando o motorista corre mais risco. […] É preciso pedir o crachá, que é o documento que identifica que realmente é o condutor do veículo”, ressalta.
Números – 24 assaltos em janeiro, 20 em fevereiro, 43 em março, 29 em abril, 34 em maio, 34 em junho, 32 em julho, 28 em agosto, 42 em setembro, 38 em outubro e 23 até 15 de novembro.
