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Você olha para si mesmo?

Foto: reprodução de www.psiconlinews.com
Foto: reprodução de www.psiconlinews.com

 

Por Conrado Matos

 

Vamos focar em coisas que nos proporcionem sustentação. Encoste-se em uma árvore que lhe dê frutos. Ande com quem pensa pra frente. Energia parada não alimenta bateria. A bateria vai esgotando e quando menos espera já foi. Ande pra frente. Seja autocriativo e positivo.

 

É muito fácil eu olhar para o outro, mas olhar para mim é mais difícil. Para minha surpresa foi saber em análise que eu não olhava para mim. O que andei fazendo durante esse tempo antes da análise? Boicotando a mim mesmo e bisbilhotando a vida do outro. Olhando mais para as questões do outro e deixando as minhas de lado. Haja tempo perdido com tudo isso. Parece coisa de criancinha carente, dependente, a procura da superproteção do outro. Quem sabe, de um pai simbólico.

 

Observar a si mesmo é algo profundo. É um olhar diferente. Um olhar de filósofo, de analista. Tem um sentido abissal, mais investigativo, filosófico sobre si mesmo. As pessoas em maior parte não se olham por dentro, não questionam seus desejos e emoções.

 

A mente conecta através do mundo subjetivo com o que é positivo tão quanto com o que é negativo. Vai tudo depender como se encontra a autoestima. Se baixa, anda indecisa e isolada no lamento. Rígida, dizendo que nada dá certo. Não enfrenta e tenta atrasar a vida do outro. Em resumo, fica na covardia, sem coragem de arriscar. Se autoestima elevada, canaliza uma energia positiva, focada em compromissos e busca se relacionar com pessoas positivas que andam pra frente, que sonham e não desistem de encarar desafios.

 

Em análise, inicialmente, é preciso amor para um olhar de si mesmo. Um olhar acerca do sujeito. Para eu me olhar é necessário que eu me desprenda da vida do outro. Não abruptamente, mas na medida do meu caminho em análise eu vou lentamente me tornando independente. É como disse Anna Freud: “O eu na terapia vai se reforçando diante do superego”. Eu posso completar aqui este comentário de Anna Freud: Se reforçando diante da sua própria censura, das suas demandas de tradições e tabus autoritários. Haja vista em terapia a necessidade do desprendimento ao outro, muitas pessoas saem correndo a léguas da psicanálise. Preferem ainda a infantilidade e a dependência.

 

Nós costumamos ter uma dimensão do nosso olhar para o mundo. Vivenciamos o ópio pernicioso de viver olhando para vida dos outros. A rede social hoje em dia é um mundo sedutor para o olhar acerca dos outros.

 

Quando eu penso sobre mim, eu me amo cada vez mais. O segredo para se amar é começar a se admirar. Olhar para si mesmo é olhar para seu amor. É buscar por transformação pessoal, mudança de atitudes. Mesmo nós não encontrando a decisão correta, mas o importante é continuar na luta para acertar na vida, com toda frustração que irá existir. Não existe receita pronta para um caminho certo. Existe paciência para quem quer lutar. Para finalizar, deixo um poema da minha autoria.

 

O OLHAR DAS MINHAS JANELAS: “O mais que queira a paisagem de um dia belo / ela não é toda bela porque existe o seu lado feio / E penso como o feio / pode se tornar belo / E penso como o belo pode se tornar um desastre / É bom encarar primeiro o feio para sentir a dor / Quando enfrentamos primeiro o feio / amanhã colhemos o que é melhor / O restante, quanto o sol, a lua, o mar / e as florestas, tudo já são coisas belas / Não precisamos nos preocupar em mudá-las / As coisas feias sim, essas temos que molda-las / para que elas não fiquem nos fazendo mal amanhã”.

 

 

foto de conrado

 

 

 

 

 

 

 

 

Conrado Matos – Psicanalista, Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia. Pós-graduando em Educação em Gênero e Direitos Humanos pelo Neim/UFBA.

E-mail: [email protected]

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2 respostas

  1. Obrigado Gildete Rocha pelo seu maravilhoso comentário. Você está de parabéns por compartilhar comigo e com o Jornal. Abraço.

  2. Belo TEXTO, em quem devemos nos relacionar; seja nas amizades, seja no amor é esse embora nós embriaguez sempre devemos primeiro casar a cabeça e depois o coração!! Embora isso custe para muitas pessoas, para mim ê tranquilo!! Quanto à cuidar do Outro mais do que nós próprios só traz na maioria decepções e muitas vezes sofrimentos!! Aprendemos a nos amar à partir no desenvolvimento da nossa autoestima!!! Dentro da minha vaidade sou igual à Narciso!!! Adoro me olhar no espelho e me achar bonita!! Na Análise é recomendado a autoestima, para não desenvolver a carência, que torna o Indivíduo dependente do Outro ou de situações!! Amei, querido!! Abraços.

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