A expectativa entre os taxistas das cooperativas de táxis especiais em Salvador está no ar, e a possível mudança na regra de motorização é aguardada com ansiedade por alguns profissionais. Esta expectativa surge em meio à discussão sobre a Lei nº 9.488/2019, que estabeleceu a motorização mínima de 1.400 cilindradas ou potência mínima de 120 cavalos para táxis especiais que atuam no Aeroporto.
Como já discutido anteriormente (veja aqui), esta exigência tem gerado entraves para os taxistas que desejam adquirir veículos mais acessíveis, mas que mantêm todas as características necessárias para a prestação do serviço de transporte individual de passageiros.
O taxista Reginald Cohim, da Táxi Comtas, foi o provocador dessa discussão, evidenciando a dificuldade financeira enfrentada por muitos taxistas devido à exigência de motorização. O Ei Táxi trouxe à tona essa questão, em julho deste ano, buscando respostas da Secretaria de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob).
Inicialmente, a Semob negou a possibilidade de mudanças, mas após a intermediação do porta-voz da Comissão dos Taxistas, João Adorno, a secretaria reconsiderou a decisão e sinalizou com a possibilidade de revisão da regra.
Segundo Adorno, as diretorias das cooperativas Comtas e Coometas entregaram um ofício solicitado pela Secretaria de Mobilidade, e o caso está agora nas mãos da diretoria do órgão. “A Semob prometeu um desfecho final antes do final do ano”, explicou o taxista.
A demora na resolução deste assunto não impacta apenas os taxistas. O setor automotivo também deixa de faturar mais devido a esse impasse. A revisão da regra não só beneficiaria os taxistas, permitindo a escolha de veículos mais adequados às suas necessidades e orçamentos, como também impulsionaria o mercado de venda de automóveis.
Em conclusão, a resolução rápida desse tema é crucial. Além de beneficiar diretamente os taxistas e o setor automotivo, não causaria qualquer perda para o município. A expectativa é de que a Semob considere não apenas a perspectiva técnica, mas também os impactos econômicos positivos que a revisão da regra pode trazer para a cidade, sem contar que serão mais veículos novos atuando no terminal aéreo da capital baiana.
Uma resposta
Temos que inovar, para combater a concorrência desleal perpetuada em nossa profissão.