A administração da Rodoviária de Salvador solicitou a colaboração dos taxistas que operam no terminal para auxiliar no transporte de clientes em situações de emergência até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pernambués. O pedido foi discutido em uma reunião na manhã desta quinta-feira (18) entre o Gerente de Operações da Rodoviária, Adevaldo Santos, e Denis Paim, representante dos taxistas. Contudo, muitos taxistas demonstraram receios em relação a possíveis responsabilidades e falta de colaboração de agentes da Coordenação de Táxi e Transportes Especiais (Cotae).
Adevaldo Santos enfatizou a importância dessa parceria, destacando a proximidade da UPA e a necessidade de um atendimento rápido em casos de emergência. No entanto, Denis Paim relatou que muitos taxistas expressaram receios em relação a possíveis responsabilidades que poderiam assumir ao prestar esse tipo de socorro. Além disso, há preocupações sobre o retorno à primeira posição na fila de espera após realizar o transporte emergencial, algo que, segundo os taxistas, não é permitido pelos agentes da Cotae.
“Hoje, numa reunião com Adevaldo, que é um dos administradores da rodoviária de Salvador, ele me pediu pra conversar com os taxistas da fila sobre um apoio para dar socorro aos clientes da rodoviária. Seria para levar pra UPA de Pernambués, que é aqui perto. Ele me falou que tem alguns colegas que estão resistindo em levar”, contou Denis Paim.
Apesar das preocupações, Paim reconheceu a importância da proposta e a vê como um ato de solidariedade que os taxistas poderiam prestar. Ele ressaltou que, historicamente, os taxistas já prestaram assistência em emergências, incluindo partos realizados dentro dos táxis. “Lógico que se for uma questão de risco, nós não vamos levar. Mas vamos estar fazendo o bem, sem olhar a quem. Até porque o taxista já fez vários partos dentro do carro, várias crianças já nasceram dentro do táxi.”
Ainda assim, a resistência é significativa entre os taxistas, principalmente devido ao temor de responsabilidades legais em caso de falecimento de um passageiro durante o trajeto. “A maioria é contra, porque entende que pode acontecer de um passageiro falecer dentro do carro e eles têm medo de ter que assumir alguma responsabilidade. O outro motivo, que eles me disseram, foi que os agentes da Cotae não estão querendo aceitar que o taxista faça essa corrida de socorro e em seguida pegue duas corridas na cabeça da fila. Os taxistas sinalizaram negativo. Isso vai ser um problema”, explicou Denis Paim.
A situação exige uma abordagem equilibrada, onde a segurança e as condições de trabalho dos taxistas sejam levadas em consideração, enquanto se busca uma solução que permita um atendimento emergencial eficaz para os clientes da rodoviária. A administração da rodoviária e os representantes dos taxistas continuarão as discussões para encontrar um caminho viável para todas as partes envolvidas.
Uma resposta
Na minha opinião, prestar socorro a pessoas transportando-as para um hospital ou unidade de emergência tendo ela com risco de morte é um ato inconsequente porquê:
1 – O taxista não têm cursos de primeiro socorro para saber se há condições de levar;
2- É competência da SAMUR dá os primeiros socorros , estabilizar a pessoa e
transporta-la a um hospital ;
3 – A responsabilidade pode cair em quem transportou por ser um veículo não apropriado e causar danos permanentes ou morte.
4- Indicar , através da administração da rodoviária, que o táxi pode transportar pessoas com emergência de saúde é assumir a responsabilidade de quem é de direito , que é a administração da rodoviária colocar um preposto médico para atender emergência. O contrato de concessão deveria ter uma cláusula em que obrigue a concessionária a manter um pré posto de emergência tendo pelo menos uma enfermeira.
valdeque.