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Morte Súbita

Imagem: reprodução de www.minutoenfermagem.com.br
Imagem: reprodução de www.minutoenfermagem.com.br

 

Por Dr. Mauricio Lyra

 

A Morte Súbita é um evento dramático, pois como o próprio nome diz ocorre de forma súbita e inesperada, ceifando vidas em indivíduos que geralmente se encontram em suas fases mais produtivas, acarretando uma grande perda para suas famílias.

 

Em primeiro lugar cumpre definir o significado. Não existe uma definição ideal, porém a Organização Mundial de Saúde (OMS) a define como morte não violenta que ocorre nas primeiras 24h do início dos sintomas (dor no peito, falta de ar entre outros). Cerca da metade das Mortes Súbitas ocorrem no período de uma hora após o início dos sintomas. Por isso, hoje a maioria dos especialistas considera Morte Súbita aquela na qual o óbito ocorreu na primeira hora após o sintoma inicial.

 

Como a Morte Súbita é uma consequência e não uma causa, vários fatores estão implicados na sua origem, mas o que comumente ocorre é que uma arritmia cardíaca grave seja seguida por parada cardíaca e subsequentemente a morte. Não se considera como Morte Súbita aquelas advindas de traumas ou violências. O grande problema é que geralmente a Morte Súbita ocorre sem testemunhas, e as vítimas já são encontradas mortas sem que nenhuma assistência médica possa ser ofertada.

 

As causas cardíacas são de longe as mais frequentes, embora outras causas como hemorragia subaracnóidea, embolia pulmonar, ruptura aórtica entre outras, também façam parte deste rol. A Morte Súbita é muito mais frequente na população que tem doença cardíaca. Destas, a doença coronariana (das artérias do coração) é, sem sombras de dúvidas, a que mais leva a esta situação e corresponde a cerca de 80% das Mortes Súbitas Cardíacas. Pessoas aparentemente saudáveis também podem ser acometidas deste mal, porém isto é muito menos comum.

 

A Morte Súbita Cardíaca não é inevitável. Tomando alguns cuidados para evitar o comprometimento das nossas coronárias, estaremos combatendo a principal causa. Devemos então controlar os chamados fatores de riscos. Os mais importantes são a hipertensão arterial, fumo, obesidade, diabetes e dislipidemia. Por exemplo, existe grande correlação entre tabagismo (fumo) e doença coronariana, por conseguinte com a Morte Súbita também. Sabe-se que os fumantes apresentam 2 a 3 vezes mais chances de apresentar Morte Súbita Cardíaca comparados à população não fumante. A obesidade é o segundo fator preditor de Morte Súbita Cardíaca nos pacientes coronariopatas. A modificação do estilo de vida para hábitos mais saudáveis é muito importante para sua prevenção, mas este só deve ser feito por orientação médica. Não é prudente sair do sedentarismo sem orientação, pois embora exercícios leves apresentem baixa incidência de Morte Súbita, também é conhecido que exercícios físicos agudos vigorosos podem aumentar o seu risco em até 17 vezes.

 

Caro leitor, procure seu médico regularmente, pois ele é o principal guardião da sua saúde e saberá evitar que este ou outro flagelo ocorra com você e sua família.

 

mauricio lyra

 

 

 

 

 

 

 

 

Mauricio Lyra

Médico, Especialista em Arritmias Cardíacas, Eletrofisiologia Invasiva, Marcapassos e Desfibriladores

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