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Editorial: O cenário não é para reajuste de tarifa

 

Os taxistas estão numa discussão sobre ter ou não ter o reajuste da tarifa este ano. A classe conquistou o direito à sua data-base em 2014, e desde então no mês de janeiro a prefeitura concede o reajuste da tarifa de táxi sem que precise a categoria ficar mendigando. O índice, normalmente, segue a inflação do ano anterior, ou seja, é mais uma reposição do que um reajuste.

 

E é exatamente com o argumento de ser uma reposição e não um aumento que muitos defendem o reajuste. Alegam que as perdas são altas quando acumulados os variados aumentos de preços em produtos e serviços, especialmente aqueles ligados ao veículo que é a empresa do taxista.

 

De outro lado, estão os profissionais que veem um cenário complicado no país para se pensar em aumento de tarifa. Muitas empresas fecharam as portas, milhões de brasileiros perderam o emprego e há aqueles casos em que os passageiros passaram a utilizar outros meios de transporte como o ônibus ou o metrô. Aliado a esses fatores, existe a atuação indiscriminada dos motoristas do aplicativo Uber que mesmo na ilegalidade insistem em circular pela cidade fazendo o serviço de táxi a um preço muito mais baixo, uma concorrência desleal no setor.

 

O Ei, Táxi entende que o momento não é adequado para um aumento da tarifa, embora reconheça que se trata de um direito da categoria.

 

Pensar num reajuste ou reposição, agora, seria criar mais uma barreira para o dia a dia do taxista. O cidadão está sem dinheiro, as famílias estão enfrentando dificuldades financeiras jamais vista, o taxista precisa lembrar que o táxi não é um serviço essencial, ou seja, ele pode ser substituído por outra opção quando não se pode consumi-lo. Além de tudo, tem a concorrência dos clandestinos.

 

Existe um debate acirrado sobre a prestação de serviço no táxi, muito se tem questionado a qualidade de atendimento do taxista de uma forma geral. A categoria precisa atacar esse problema, de frente, reconhecer que existem, sim, muitos profissionais que prestam um desserviço, manchando a imagem da classe. Primeiro, é necessário retirar esses “queimadores de filme” da praça e mostrar a população que a ferida está sendo tratada.

 

Agora, é a hora de pensar em qualificação como forma de melhorar o atendimento. Manter as promoções que vêm sendo dada ao cliente para trazê-lo de volta. A estratégia de vender com um preço menor para ganhar no volume é utilizada em todos os segmentos. Por que no táxi não dá?

 

Contudo, o taxista precisa ter uma contrapartida da prefeitura. O prefeito poderia isentar o taxista de tarifas como a vistoria e a renovação de crachá, por exemplo. Seria uma forma de compensar o esforço que a classe estaria fazendo não aplicando o reajuste da tarifa.

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