Agora eu sinto que o universo te pertence.
Tu que desta vida tão pouco pedistes,
Podes agora brincar com o vento,
Imitar o canto dos pássaros,
Correr sobre as ondas do mar,
Criança que nunca deixastes de ser.
Podes também estar em mim
E meu coração será a tua morada
Penso como tu pensavas,
Falo o que tu falavas
Deixaste registros sim, tatuagens na alma,
Cópias perfeitas da tua matriz.
A tua ausência é forte, tão forte,
Que parece ser maior e mais constante
Que a presença que já não tens …
Assim, como afirmar que tu partiste? Para onde?
Para sempre? E o sempre? Existirá?
Maria da Conceição Silva Andrade
Médica Cardiologista, membro da Sobrames
(Visitas totais 44)