Após retomarem as vistorias de táxi no último dia 26 de novembro, a Coordenação de Táxi e Transportes Especiais (Cotae) e a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) demonstram falta de preparo e sensibilidade ao estabelecer etapas burocráticas que obrigam os taxistas a realizar deslocamentos desnecessários.
O novo processo exige que o profissional vá até a sede da Semob, no Caminho das Árvores, para registrar o alvará e receber o Documento de Arrecadação Municipal (DAM), antes de seguir para a vistoria no bairro dos Barris. O mais irônico? Essa mesma etapa inicial poderia facilmente ser feita por e-mail ou WhatsApp, poupando tempo e esforço de quem sustenta o sistema com impostos e trabalho diário.
“A Semob massacra a categoria”
Adriano Eugênio, taxista atuante no aeroporto de Salvador, foi direto ao criticar a má gestão e a postura desrespeitosa das autoridades envolvidas. Ele descreveu cenas desumanas de taxistas idosos enfrentando dificuldades para acessar o local.
“A Semob, como sempre, criando dificuldades para a categoria. Obrigar as pessoas a irem lá na Semob para fazer uma simples retirada de um DAM, para depois se deslocar até a Cotae, é um absurdo. Eles poderiam resolver isso remotamente, não só enviando para o e-mail ou para o WhatsApp de cada um. Para isso também existem as cooperativas e as rádio táxis, as instituições poderiam enviar a relação dos autorizatários para eles. A atual coordenadora da Cotae [Luila Neves] não se mobiliza em nada para agilizar a vida do taxista. É um ser estranho ao meio. Ninguém entende o que essa pessoa realmente tá fazendo ali.”
Adriano também relata situações desumanas vividas por seus colegas mais idosos:
“Tenho cooperados com mais de 70 anos, com dificuldades de locomoção. Recentemente, um deles caiu e se machucou. Isso é desrespeito! Parece que olham para o taxista com desdém. O Ministério Público precisa intervir nesse descaso.”
Gestão de trânsito que gera… congestionamento?
O mais contraditório dessa exigência é que o própria secretário, Fabrizzio Muller, responsável pela gestão do trânsito está criando um problema de fluxo. Concentrar centenas de taxistas no Caminho das Árvores gera congestionamentos, ocupação desnecessária de vagas e aglomerações, algo que deveria ser evitado em tempos modernos e digitais.
A pergunta que não quer calar é: em um mundo onde o delivery e a assinatura digital resolvem até processos judiciais, por que a Semob escolhe complicar um serviço simples? Com a palavra, o prefeito Bruno Reis.
Reflexão necessária
Essa situação é mais um reflexo do despreparo de autoridades que tratam o contribuinte como obstáculo e não como parceiro. Enquanto os taxistas enfrentam rotinas desgastantes e despesas crescentes, a Semob opta por burocratizar processos e ignorar soluções tecnológicas.
Fica o apelo para que o Ministério Público da Bahia analise a situação, não apenas para questionar a legalidade, mas também para expor o evidente descaso com a dignidade dos profissionais e com o bom uso do dinheiro público. Afinal, em uma gestão que deveria facilitar a mobilidade, é irônico que quem está à frente das decisões pareça tão imóvel diante da modernidade.
As vistorias de táxi, em Salvador, seguem até o dia 20 de dezembro.
Respostas de 2
prefeito Bruno Reis e ACM a cúpula. estão querendo acabar com a categoria do táxi como estão fazendo com a empresa de ônibus. e falado de semop e a contae essa categoria deveria acabar só sabem prejudicar a cantoria transavaldor semop e contae são mau profissional só sabe ficar dentro do carro no ar-condicionado por isso muitos taxista estão largando a profissão ater porque não vale mais apena. a Uber tá aí rodando destruindo a cidade bacusando a cidade trânsito. não pagar imposto pra tá rodando jogando dinheiro na mão deles pra pegar campanha política e outras coisas já tem mais de 6 ano que eles estão aí e prefeito ACM não vaz nada só ficar na conversa. mais errado não taxista que ainda coloca eles no poder
esses mesmos taxistas voltaram no prefeito atual e voltam no pardo acmneto. mudou alguma coisa?, ficou pior, culpa da classe que sempre foi massa de manobra desde o velho acm.