Poucos cidadãos conhecem tão bem o local onde moram ou trabalham quanto um taxista. Essa profissão tão digna e importante para a engrenagem e desenvolvimento de uma cidade, permite que o profissional circule pelos quatro cantos e tenha contato com variados perfis de pessoas. Dizem os psicólogos que o táxi é um divã.
O taxista tem tempo e hábito de buscar por informações. É comum encontrar um taxista lendo um jornal, ouvindo uma rádio ou conectado enquanto aguarda o passageiro. Outras duas características também fazem deste profissional um indivíduo referência, a disseminação da informação e a influência em decisões.
As pessoas tendem a acreditar no que o taxista fala, porque sabem que ele conhece o dia a dia da cidade e tem contato com muita gente. Ele estar por dentro de vários assuntos, seja sobre as condições dos hospitais, sobre o comércio, sobre o trânsito, sobre a segurança pública ou sobre o turismo e lazer. O taxista é, sem dúvida, um dos principais agentes cidadãos de uma cidade.
O jornal Ei, Táxi resolveu fazer o caminho inverso, ouviu representantes da classe de taxistas espalhados pela Bahia para saber o que eles esperam da próxima administração do estado.
Profissionais de Salvador, Simões Filho, Irecê, Eunápolis, Lençóis, Jacobina, dentre outras cidades, mandaram o seu recado para o próximo governador.
O que esse cidadão e todos os baianos esperam é que o governador eleito ouça o recado e trabalhe em prol desses e de outros anseios da sociedade.
José Nilton (Presid. ATASF – Simões Filho): “Investir em educação, saúde e segurança pública”
Vicente Barreto (Presid. Táxi Coometas – Salvador): “Se posicionar em relação à Lei Federal 13.640/18, que regulamentou os aplicativos, exigindo que o veículo seja licenciado na Bahia; Regulamentar o transporte do servidor estadual através do táxi; e manter o serviço do Planserv (Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais)”
Epaminondas Rodrigues Filho (Taxista – Irecê): “Gostaria que o futuro governador olhasse mais para o interior do estado, investindo em educação, na segurança pública e inaugurando obras paradas, especialmente na área da saúde; além de rever a forma de atuação dos fiscais da AGERBA (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia) sobre o taxista”
João Adorno (Taxista – Salvador): “Incentivar o turismo em nosso estado, principalmente na capital; aumentar o número de postos de trabalho, dando mais oportunidades a micro e pequenas empresas; e desenvolver um programa voltado para crianças e jovens que estão abaixo da linha da pobreza”
Josué Sacramento (Presid. Sindicato – Eunápolis): “Abrir uma agência da Desenbahia no Extremo Sul; que a Desenbahia volte a aceitar as propostas dos taxistas ligados às associações de proteção veícular; que a Agerba deixe de perseguir a categoria de taxistas; por fim, abertura de uma linha de crédito para financiar postos de combustíveis para as entidades de classe dos taxistas”
Mário Eduardo Cardoso (Taxista – Salvador): “Como cidadão e taxista, espero que o governador eleito invista mais em segurança, principalmente nos bairros e avenidas, melhorando assim o nosso trabalho. Investindo também nas abordagens e qualificação dos policiais, no trato com o cidadão e trabalhadores, é preciso mais respeito da polícia; na saúde, não adianta investir apenas na construção de hospitais e policlínicas se as mesmas não têm profissionais suficientes para atender a população. O tempo de espera nessas unidades nunca é inferior à 2h, às vezes ficamos até 7h esperando”
Denis Paim (Presid. AGT – Salvador): “Precisamos de um governador que invista na saúde, na educação e principalmente na segurança pública, porque a nossa categoria está abandonada, sofrendo com a criminalidade”
Gilberto e Silva (Presid. Coastaxi – Salvador): “A polícia e a AGERBA precisam montar barreiras na saída de Salvador para que todos os veículos que fazem transporte de passageiros sejam fiscalizados”
Tiago Sá (Taxista – Lençóis): “Investir em saúde, educação, mobilidade e mais geração de emprego e renda”
Evanildo Farias (Presid. Sindicato – Jacobina): “Desburocratizar as instituições públicas; investir em educação, saúde, saneamento, moradia e mobilidade urbana”
Liomar da Silva (Presid. Sindicato – Feira de Santana): “Investir em saúde, segurança pública e na educação”
Uma resposta
Desejo que os taxistas do Brasil reflitam na necessidade urgente de libertar a profissão Taxista, que é privada, das prefeituras, que todos sabem é órgão público. Lutar pela criação do Conselho Federal dos Taxistas do Brasil.
Será que os governos apóiam essa libertação da profissão Taxista?