Por Daniel Júnior, do Recife – Taxistas que circulam no Recife e na Região Metropolitana ouvidos pelo Ei, Táxi exigem que o Governo do Estado disponha de mais segurança, por meio de policiamento e blitz, para a categoria. De acordo com esses profissionais, é comum casos de assaltos durante as corridas.
“Não temos segurança nenhuma para trabalhar. Na maioria das vezes, escolho corridas. Chega muita gente suspeita e temos que evitar problemas. Não existe mais blitz direcionada para o taxistas em nenhum horário. E quando acontece de ter blitz, por incrível que pareça, geralmente revistam o taxista. Eu já fui vítima de assalto três vezes. O pior foi em 2006. Nunca mais esqueci. Um casal solicitou o táxi no bairro da Imbiribeira e quando cheguei no bairro do Ipsep, fui rendido. Pegaram o meu carro. Só encontrei o veículo com três dias. O carro estava depenado. Fiquei traumatizado, assustado e passei um bom tempo sem trabalhar”, contou o taxista Joselito Santos (TP 2047), que é taxista há 30 anos na capital pernambucana.
O taxista Israel Martins, que tem 40 anos de Praça no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi vítima de assalto 18 vezes. Em uma dessas investidas, ele chegou a ser sequestrado. “Passei por uma situação muito complicada. Fui vítima de um assalto e ainda fui sequestrado até Maceió, no Estado de Alagoas. Os assaltantes mandaram eu ir para o banco de trás e colocaram revólver em mim. Durante o caminho até Maceió, não teve policiamento para verificar o carro. Só quando chegou lá, em um posto de combustível, que uma pessoa se ligou na situação e consegui me comunicar. Foi terrível. Não temos segurança, infelizmente. Cada dia está pior”, relatou.
“Quando tem show aqui na cidade, muita gente aproveita pra pegar táxi e quando chega perto do destino, sai do carro e corre pra não pagar a corrida. Fiquei sem receber por diversas vezes por causa disso. E na hora, ficamos sem reação, porque a gente não sabe quem é quem e se aquelas pessoas estão armadas. Falta policiamento, falta blitz, falta segurança em geral. Hoje trabalho como taxista para completar minha renda. Trabalho durante o período da noite. É complicado demais”, afirmou Itiel Martins, taxista que atua na Região Metropolitana, no Cabo de Santo Agostinho.
A reportagem do Ei, Táxi tentou contato com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Defesa Social (SDS), para saber como é feita a segurança para taxistas e quais atitudes seriam tomadas após esses relatos, mas até o momento não obteve retorno. Assim que tivermos uma reposta, publicaremos aqui no site.
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