Falta de transparência nos processos eleitorais e má gestão são algumas das denuncias que Gilberto Silva fez à nossa redação, sobre a atual diretoria do Sindicato dos Taxistas de Salvador (Sinditáxi), sob responsabilidade do presidente Carlos Augusto.
Responsável pela ação no Ministério Público que declarou indevida a cobrança de contribuição sindical no valor de cerca de R$ 50,00, reduzindo-a para R$ 5,70, Gilberto, desta vez, denuncia ser perseguido pelos diretores, em conseqüência da sua atuação de fiscalização. “Ingressei na Justiça do Trabalho, ganhei a liminar inicialmente para quatro pessoas, depois conseguimos estender para todos os taxistas”, explica. Segundo ele, a ação gerou queda nas receitas do órgão e foi o início da série de perseguições impostas a ele. “O sindicato, descontente com isso, vem a todo o momento tentando me jubilar da categoria”, reclama. Segundo Gilberto, a última investida contra ele foi uma suspensão e advertência pelo período de 90 dias, sem direito a recurso ou defesa. O motivo seria um depoimento dado à imprensa sobre a saúde do atual presidente. “No dia 30 de junho, junto com quatro testemunhas, fui ao sindicato com objetivo de pagar a mensalidade e recebi um documento de eliminação do quadro de associados do sindicato. Eu não concordei, tivemos uma discussão e fomos colocados para fora.”, explicou. Após o episódio, o vice-presidente prestou queixa à delegacia alegando ter sido agredido por Gilberto, que nega o fato.
O taxista entrará com uma ação pedindo a destituição da diretoria do sindicato e a marcação de novas eleições.
Em contato com o SindiTáxi, nossa redação foi atendida pelo vice-presidente da instituição, Luiz Santana. Segundo ele, as medidas tomadas foram em defesa e respeito ao estatuto do Sindicato e que a conduta de Gilberto desrespeita suas normas. “Demos uma advertência, ele rasgou. Inclusive há uma queixa na delegacia contra ele. Isso não acontece aqui com ninguém”, justificou Santana.
