Por Antonio Carlos Aquino de Oliveira
A terrível “crise”, crescente e sem fim, na educação no Brasil (em todos os aspectos que o termo encerra) merece ser fortemente debatida. Esse texto tem o proposito de falar de outro aspecto da educação: a doméstica, de casa, de pai e mãe, de valores humanos.
Quero aproveitar a oportunidade concedida por esse periódico para tornar esse debate público, ampliá-lo sem controle e domínio.
Não são medidas nem mensuradas por nenhum órgão público ou institutos privados, os gravíssimos efeitos da falta de satisfação aos clientes sobre andamento de processos; dos atrasos às reuniões; da falta de retorno sobre tratativas em andamento; do não cumprimento de prazos acertados; das grosserias desnecessárias; dos preconceitos e outros maus hábitos, práticas e costumes na economia, nos negócios, nas empresas, nas relações, além das péssimas ações que comprometem nomes, marcas e perfis.
Não pretendemos esgotar o assunto em um mero artigo, mas, provocá-lo. Estamos nos propondo a alertar aos “profissionais” (são pessoas, gente) sobre as terríveis consequências dos aspectos da educação doméstica básica (falta dela), da arrogância, da prepotência, da desonestidade e do autoritarismo nos seus negócios, na fidelização de clientes, na expansão de mercados, nos resultados dos empreendimentos e na vida em si.
Desejamos chamar a atenção e provocar a reflexão de todos nós que vendemos produtos ou prestamos serviços sobre detalhes comportamentais do cotidiano, nas posturas e atitudes, com palavras e gestos, com hábitos e costumes, dos cuidados com a qualidade, com profissionalismo e com a ética nos negócios, nos atendimentos, nas relações.
Urge estudo, capacitação, formação, qualificação e profissionalização nas relações econômicas, profissionais e políticas, mas há de se colocar como fundamental, necessário e imprescindível mudanças radicais de posturas, nas atitudes, nos comportamentos e nas relações entre pessoas, profissionais – clientes – profissionais (educação doméstica, gentileza, civilidade). A família ocupa papel de destaque nestes aspectos.
A formação acadêmica, o status social, o poder (sempre efêmero) e a posição econômica, a beleza física, a idade ou a experiência acumulada e adquirida não asseguram a superação destes defeitos e deficiências nos relacionamentos.
O uso da seriedade, da ética, da dignidade, da lealdade, da honestidade, da competência e do respeito ao cliente e cidadão precisam ser avaliados e mensurados nos resultados dos negócios, empreendimentos, nas relações políticas e cidadãs. Seus efeitos na qualidade de vida das pessoas, das cidades e nos ambientes de negócios precisam ser trabalhados, alterados de forma a evoluirmos no processo civilizatório, de paz, de crescimento, de sustentabilidade.
A vontade de ser melhor, de fazer melhor, de viver em um mundo melhor, de ter relações mais saudáveis e sadias, de tratar os demais como gosta de ser tratado pode fazer toda a diferença para os que querem mudar, aprender, transformar.
Antonio Carlos Aquino de Oliveira – Administrador, Consultor, Palestrante e Empresário do setor de publicidade.
E-mail: [email protected]