Na primeira semana dos festejos juninos no Parque de Exposições, em Salvador, a discrepância na fiscalização dos transportes chamou a atenção e gerou indignação entre os taxistas. Enquanto motoristas clandestinos aliciavam passageiros sem nenhuma restrição, alguns taxistas foram notificados por estarem com o acrílico do teto apagado enquanto aguardavam na fila de táxi.
Denis Paim, presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), destacou a situação injusta que seus colegas enfrentaram. Segundo ele, os taxistas notificados foram obrigados a entregar seus crachás e comparecer à sede da Cotae na manhã desta segunda-feira (17) para resolver o problema. Paim já havia alertado os taxistas sobre a necessidade de manter o acrílico aceso, mas alguns ainda não se atentaram à regra.
“Estou aqui com alguns colegas que receberam notificações por estarem com o acrílico apagado. Tomaram o crachá e mandaram vir aqui. Enquanto nós vimos vários motoristas clandestinos aliciando nossas corridas nos eventos, nós ainda temos que aceitar essa imoralidade,” declarou Paim.
Fiscalização Seletiva e Indignação da Categoria
A fiscalização direcionada aos taxistas contrasta fortemente com a aparente liberdade com que motoristas clandestinos operam. Denis Paim acusa os agentes de focarem apenas nos taxistas regulamentados, permitindo que os clandestinos atuem sem qualquer impedimento. Essa situação, segundo ele, não apenas prejudica os taxistas que seguem as regras, mas também compromete a segurança dos passageiros que acabam utilizando serviços não regulamentados.
Ações Requeridas e Apelo à Equidade na Fiscalização
O presidente da AGT pede uma fiscalização sobre os motoristas clandestinos por parte das autoridades competentes. “Enquanto nós estamos sendo rigorosamente fiscalizados, os motoristas clandestinos operam livremente, aliciando passageiros e prejudicando a nossa categoria. Precisamos de uma ação forte sobre isso para que possamos trabalhar com dignidade e segurança,” afirmou Paim.
Repercussão na Categoria
A situação causou indignação entre os taxistas, que veem a fiscalização seletiva como uma afronta à legalidade e à sua profissão. Eles esperam que a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) tome medidas efetivas para coibir a ação dos clandestinos na cidade.