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Em Salvador, 188 taxistas foram vítimas de crimes em 2020; AGT revela os números e cobra promessas das autoridades policiais

Conhecida como Boa Terra, Salvador, também tem o seu lado hostil, quem comprova isto é o taxista soteropolitano que convive diariamente com o perigo nas ruas da cidade. Somente neste ano, 188 taxistas foram vítimas da criminalidade na capital baiana, segundo números da Associação Geral dos Taxistas (AGT). Apesar da cúpula da segurança pública do Estado ter dito, em reuniões, que reforçaria as ações no combate aos crimes contra taxistas, o presidente da AGT, Denis Paim, diz não enxergar as promessas feitas pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e cobra atitudes concretas das autoridades.

Em Salvador, a categoria de taxistas sabe que pelo menos um profissional será vítima de algum crime, diariamente, a dúvida é quem e qual será a intensidade do crime. Até esta terça-feira (9), de acordo com a AGT, 188 taxistas haviam sido vítimas de algum tipo de delito na cidade, destes: 176 taxistas foram assaltados; 8 tiveram o seu carro levado; 3 foram espancados; e 1 taxista foi morto brutalmente (Veja Aqui). Os números de cada mês são: 43 em janeiro; 45 em fevereiro; 23 em março; 28 em abril; 39 em maio; e 10 em junho, até a tarde desta terça-feira, 9.

A vítima mais recente foi o taxista André Cruz de Almeida, (A-6424), que foi assaltado no bairro de Itapuã, no último domingo (7), por voltas das 20h40. “Ele pegou três passageiros, uma idosa e dois homens, do Engenho Velho de Brotas para Itapuã. Ao chegar lá, próximo ao Largo de Cira, eles anunciaram o assalto e levaram o celular, a maquineta do cartão, o taxímetro, o acrílico do teto e uma quantia em dinheiro do colega”, contou Denis.

Segundo o presidente da AGT, algumas medidas foram prometidas pela Secretaria durante a reunião ocorrida no dia 4 de março, entre o comando das forças de segurança e o taxista, realizada no Centro de Operações e Inteligência (COI).

Sai da reunião bastante esperançoso com tudo que foi prometido por eles. Passados três meses, meu sentimento é de frustração, parece que tudo que o taxista tem sofrido nestes anos não importa. Talvez seja isso mesmo, a vida do taxista não deve muita importância para o governo. Se fôssemos mais unidos, eles nos respeitariam”, desabafa Denis.

Veja o que foi prometido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia como medidas que ajudariam os taxistas:

  1. Quando houvesse ligações de taxistas para a Central 190, uma equipe já estaria preparada para dar agilidade na resolução dos casos como acelerar a inclusão dos dados do táxi na lista de veículos com restrições;
  2. Haveria prioridade no registro do Boletim de Ocorrência (BO) nas delegacias especializadas;
  3. Quando o táxi fosse recuperado, após ser tomado de assalto, seria liberado com mais rapidez. Hoje, tem demorado até 72h para o taxista retirar o veículo;
  4. Nas abordagens, os policiais iriam solicitar a identificação do taxista e também dos passageiros (no mês de maio, 7 taxistas relataram que passaram por blitze no momento em que estavam sendo assaltados e não foram parados);
  5. Haveria uma mudança de tratamento dispensado aos taxistas nas abordagens policiais. Muitos taxistas reclamam da forma como são tratados durante essas abordagens;
  6. Haveria celeridade na investigação de crimes contra taxistas;
  7. Existiria uma reunião mensal entre a AGT e prepostos da Polícia Militar e da Polícia Civil para discutir os números e as medidas de prevenção e combate a crimes contra taxistas. Segundo Denis, a Diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio, Delegada Selma Pereira, tem atendido o contato dele, enquanto que a PM não.

O Ei Táxi entrou em contato com a assessoria de imprensa da SSP-BA na última quinta-feira, dia 4, mas até o fechamento desta matéria (9/6) não houve resposta.

Tanto a AGT quanto a categoria de táxi de Salvador espera que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia ponha em prática aquilo que foi pensado em março, pois Salvador se tornou uma cidade perigosa para a prática do serviço de táxi, há tempos, sem que haja medidas concretas para diminuir os números de delitos contra este profissional.

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