Em seu terceiro mandato à frente do Sindicato de Taxistas de Camaçari (SINTAC), Edson Fernandes foi pressionado a renunciar ao posto e convocar eleições antecipadas. Isto se deu após o quarto diretor do órgão, Raimundo de Souza, seguir os outros três diretores e renunciar ao cargo, obrigando a dissolução da chapa vencedora nas últimas eleições.
Edson enfrentou uma forte oposição de um grupo de taxistas dissidentes que alegou que o presidente estaria “prevaricando” quando deixava de cobrar a contribuição sindical dos taxistas do município e concedia, mesmo assim, o documento para que o profissional pudesse renovar o alvará junto à prefeitura. A prefeitura exige do taxista que comprove estar em dia com a contribuição sindical.
O presidente defendeu-se dizendo que não podia prejudicar um pai de família se ele não tinha condições de honrar com a contribuição, ainda que fosse obrigatória. “Não faria isso, porque seria antiético e o sindicato não tem o poder de reter o documento, impedindo que o trabalhador exerça a sua função. Tem gente aí que fala até em negativar o nome do taxista que não pagasse a contribuição, isso seria um grande equívoco, desumano e contrário ao que deve pregar um sindicato. Sindicato é para proteger o trabalhador e não para punir”, esclarece.
O Ei, Táxi também ouviu o diretor Raimundo de Souza que alegou que a pressão vinda dos colegas foi grande para que ele renunciasse. “Edson é uma excelente pessoa, mas desde quando assumiu a presidência da cooperativa Disk-Táxi, simultaneamente, os colegas ficaram aborrecidos. Foi por conta disso que resolvi renunciar”, contou o diretor.
Em reunião, ficou definido que um novo processo eleitoral acontecerá nos dias 19 e 20 de abril, entre 8 e 12h. Até o momento de fechamento desta edição, as chapas não haviam sido formadas.