Por Daniel Júnior, do Recife – Taxistas que trabalham no Recife estão apreensivos com a onda de violência que a categoria tem enfrentado nos últimos meses. Criminosos se passam por passageiros, pegam corridas e forçam os profissionais a participarem de crimes.
“É uma sequência de assalto. Em torno de 15 dias, tivemos 12 assaltos e, na maioria desses assaltos, os bandidos vêm com muita violência. Eles vêm tanto munidos de arma branca, como também de arma de fogo. São perigosos. Já fui assaltado e o bandido ficou circulando comigo por mais de 40 minutos. Quando percebi que queria entrar em um determinado lugar, onde percebi que ali eu poderia não voltar mais, decidi parar o veículo e disse a ele: a minha vida está em suas mãos. Ele desceu e foi embora. A nossa preocupação é que estamos tendo ocorrências diárias. Nossos colegas estão adoecendo, ficando com depressão. Não estamos vendo nenhuma medida por parte da Secretaria de Defesa Social. Precisamos da volta da operação TX, que parava os táxis, pediam documentos, hoje não tem mais”, afirmou Roberto Assis, taxista e diretor de uma COOPTTA (Cooperativa dos Taxistas do Shopping Tacaruna).
“Três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, me abordaram aqui no shopping e pediram para eu ir para a Estrada do Bonsucesso, em Olinda, chegando lá disseram que não era uma corrida de táxi, que era um assalto. Levaram meu celular, dinheiro e queriam senhas de aplicativos bancários. Me tiraram do carro e tomaram o destino deles”, disse um taxista de 72 anos que preferiu não se identificar por medo de represália.
A reportagem do portal Ei, Táxi está tentando contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para saber o que será feito para solucionar essa problemática de violência contra taxistas.
O caso mais recente ocorreu no último sábado (31) no Recife. A investida criminosa contra o profissional aconteceu no bairro da Madalena, na zona oeste da capital pernambucana.
Armado com uma faca, o criminoso anunciou o assalto há poucos minutos após ter entrado no veículo. “Quando ele disse do que se tratava, eu desliguei o carro e entramos em luta corporal. Ele chegou, inclusive, a morder meu braço e fiquei com uns hematomas nas costas. Graças a Deus, ele só levou a chave do carro e me deixou vivo”, afirmou o taxista J.L. ao portal Ei, Táxi
Ainda muito abalado, o taxista, que já trabalha no ramo de táxi há 30 anos, não havia registrado um Boletim de Ocorrência (B.O) em uma delegacia de Polícia Civil.
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Respostas de 2
a secretária de defesa social tem que se pronunciar.
Tem que se fazer alguma coisa, o taxista é refém de bandido e refém também de pessoas sem escrúpulos como aqueles que se acham dono de Redes de Supermercados e cobram dos coitados para rodarem lá. Vou dar um exemplo, Seu Arimateia que se acha dono do Assaí.