Por Helton Carlucho
O ano está chegando ao fim, mas a luta dos taxistas não. Esse é o sentimento de motoristas ouvidos pelo Ei, Táxi sobre a expectativa para 2020. O combate aos aplicativos de transporte particular continua o tema central de discussão.
“A expectativa é de estabilidade, que a gente possa competir de forma igual, que se estabilize. Que os órgãos de fiscalização exijam deles a mesma coisa da gente”, espera o taxista de Salvador, Mário Cardoso (A-4794), de 51 anos.
Já Edvaldo Ferreira Bispo (A-0348), 52, fala em uma retomada na economia no próximo ano, que influencie diretamente no trabalho da categoria. “Se a economia melhorar, talvez o mercado de táxi tenha mais corridas”, acredita. Ele dirige em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana.
Quem também protesta contra a situação imposta para os táxis é Garibaldi França (Fs.0985), de 62 anos, de Feira de Santana. “Estamos vivendo dias difíceis por causa dos concorrentes representados por vários aplicativos. Adversidade que nos deixa perplexos, porém, confiantes em Deus que com a sua misericórdia tem nos supridos a ponto de não desistirmos desta árdua luta”, bradou.
“RESILIÊNCIA”
A palavra que define a expectativa para 2020 na avaliação do taxista Josué Silva Sacramento, 65, é “resiliência”. O motorista de Eunápolis fala em batalhas a serem vencidas. “Houve muita perca pra nós, através dos aplicativos, nós sofremos muito, mas, mesmo assim, sobrevivemos. E nós esperamos para o próximo ano uma melhora dessa situação”, explicou.
A fala do taxista Jorge Xavier de Oliveira (A-0431), 56, aparece como um alento para a categoria. Ele, que dirige em Itabuna, afirma que “o mal por si só se destrói, por isso não devemos temer às concorrências desleais”. Ele ressalta o serviço de qualidade prestado pelos taxistas. “Vamos continuar prestando um serviço de qualidade com honestidade e segurança que os clientes já estão voltando a usar o nosso serviço. E que o nosso bondoso Deus continue nos abençoando”, concluiu.