Pelo quinto ano seguido, os taxistas de Salvador não devem ter o reajuste da tarifa de táxi. Embora o anúncio ainda não tenha acontecido, o Ei Táxi apurou que o prefeito Bruno Reis não deverá cumprir a data-base da categoria, atendendo a pedidos de representantes da classe. O Sindicato dos Taxistas de Salvador (Sinditáxi), em alinhamento com o resultado da pesquisa feita pela Associação Geral dos Taxistas (AGT), protocolou um ofício na Secretaria de Mobilidade (SEMOB), formalizando o pedido pelo “NÃO” aumento.
Embora a informação não seja confirmada pela Secretaria de Mobilidade, fontes do Ei Táxi garantem que o prefeito Bruno Reis atenderá ao pedido do sindicato e não anunciará o reajuste. O ofício foi protocolado, na SEMOB, no último dia 29 de dezembro, ainda na gestão do ex-secretário, Fábio Mota.
O Sindicato dos Condutores Autônomos de Taxis de Salvador, órgão responsável pelos interesses da categoria, venho, através deste, informar que mais uma vez vamos postergar o reajuste da tarifa em 2021, não poderemos cumprir nossa data-base, pois o momento não é propício. Contando com vosso apoio, reiteramos nossos protestos de estima e consideração”.
A deliberação da diretoria do Sindicato de Salvador foi baseada no resultado da pesquisa da AGT, que distribuiu listas nos pontos de táxi, chegando ao resultado de não mexer na tarifa. A associação não informou os percentuais da pesquisa.
Assim como a AGT, a Associação Metropolitana de Taxistas (AMT) também realizou a sua enquete, só que de forma online. O resultado da pesquisa da AMT foi de 70% a favor do “NÃO”, ou seja, contra o aumento.
A inflação de 2020 ficou em 4,52%. O percentual, que reflete o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 12. Conhecendo oficialmente o percentual da inflação do ano passado, já é possível dizer que o taxista soteropolitano está com uma perda acumulada de 21,82%, do seu poder de compra, já que o último reajuste aconteceu em 2016 (10,48%).
Apesar das perdas, a mesma decisão tem sido tomada pela categoria por todo o país. Além disso, a concorrência dos aplicativos, as seguidas crises econômicas que abateram o país e, agora, a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus são os motivos que reforçam a decisão dos taxistas pelo “NÃO” aumento.
A Bandeirada seguirá custando R$ 4,81; a Bandeira 1, R$ 2,42 por km rodado; a Bandeira 2, R$ 3,38; e a hora parada continuará R$ 24,12.