O presidente da Associação de Táxi Comum do Aeroporto de Salvador, João Paulo Nunes Pimentel, alvará A-0809, contestou as denúncias publicadas pelo Ei Táxi na matéria “Distorções e irregularidades no funcionamento da fila do táxi comum no aeroporto de Salvador prejudicam passageiros e expõem omissão da Cotae”. Através de um e-mail, Pimentel afirmou que a reportagem “não tem procedência” e defendeu o funcionamento da fila de táxi no terminal aéreo, ressaltando que a Coordenação de Táxi e Transportes Especiais de Salvador (Cotae) está ciente de todas as práticas adotadas no local.
Em entrevista ao Ei Táxi, Pimentel respondeu a questões sobre o funcionamento da fila, as regras adotadas pelos taxistas e o papel da Cotae na administração do serviço. Ele destacou que, embora haja divergências entre alguns motoristas, as regras são claras e não há irregularidades nas operações. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:
- Essa fila é privativa, tem algum convênio com o aeroporto?
Ainda não, mas vai ser, porque a Vinci vai colocar cancelas no aeroporto.
- Quem administra a fila?
Quem administra a fila é a Cotae. Mas temos um acordo com a Cotae há mais de quarenta anos, que existe a corrida de área 1 ou de Itapuã, e isso vale para o táxi comum e para as cooperativas Comtas e Coometas.
- Você mencionou que a prefeitura tem ciência do funcionamento da fila. Poderia nos dizer quem tem essa ciência?
A coordenadora Luila Neves e Armando [Yokoshiro] sabem que existem as corridas de área 1. Nada aqui é feito às escondidas da prefeitura.
- Em relação ao que foi dito na matéria sobre o funcionamento da fila (fila 1, 2 e 3; e sobre a corrida curta), você confirma que é assim?
Não da forma que foi mencionada. Aqui, existe a fila 1, que fica lá na frente do aeroporto, e a fila 2, que é o estoque que fica no ponto de ônibus. O carro de área 1 é sempre o décimo da fila 1 e faz essa corrida sem perder sua vez. No aeroporto, demoramos de 5 a 6 horas para fazer uma corrida normal, por isso foi criada a corrida de área 1, ou Itapuã. O que os colegas de fora não entendem é que a fila demora a andar. A briga aqui no aeroporto é grande, entre táxis clandestinos, vans, etc.
- Então, não existem 3 divisões da fila, mas o táxi que faz a corrida curta continua sendo o décimo. Correto?
Esse carro não perde a vez, volta para a mesma posição, seguindo alguns critérios. Não estamos aqui para manipular fila nenhuma. Somos todos pais de família e há espaço para todos. Alguns colegas não entendem isso. Todo motorista que faz uma corrida para área 1, que são os bairros próximos do aeroporto, tem 45 minutos para ir e voltar. Se passar desse tempo, ele marca seu carro novamente.
- É verdade que um taxista novo na fila não pode fazer a corrida curta?
Todos têm o mesmo direito.
- Como é feito o controle de tempo sobre o retorno do táxi que acabou de fazer uma corrida curta?
Marcamos o horário na prancheta.
- Como é a transparência desse controle?
Cada um fica responsável pela prancheta, mas às vezes não há ninguém com a prancheta devido à demanda na fila, então cada taxista fica responsável por marcar seu carro, usando papel e caneta.
- Sobre a espera do passageiro que vai para um dos bairros próximos, o que vocês pensam sobre isso?
Como eu disse, é o décimo carro da fila. Claro que demora o tempo de deslocamento do motorista até o carro e para chegar à frente do aeroporto, em média 1 ou 2 minutos.
- Você acha que o passageiro pode ficar irritado, caso haja atraso deste carro estar à disposição para ele?
Isso é raro, porque a maioria dos nossos clientes já conhece o sistema e pede diretamente o carro de área 1. Já fiquei de 10 a 12 horas na fila do aeroporto. Os colegas que trabalham em outros locais não entendem isso, eles querem chegar aqui e sair logo.
- Você mencionou que a fila é controlada pela Cotae, mas confirmou em seguida que vocês controlam pela prancheta. Então, é a Cotae quem controla a fila ou vocês?
A fiscalização é da Cotae, mas a marcação de chegada é feita por nós. Em alguma fila de Salvador a Cotae faz marcação de chegada de veículos? Rodoviária, ferry, Mercado Modelo, entre outras, quem faz a marcação são os próprios taxistas, e não a Cotae.
- Você disse que quem administra a fila é a Cotae. Administrar não é controlar?
Como já mencionei, a fila do aeroporto é administrada pela Cotae, e a ordem de chegada é por nossa conta. Nossa associação trabalha junto com a Cotae para oferecer o melhor atendimento aos clientes de táxi comum.
- Por que a fila não é indiana?
Essa fila existe há mais de quarenta anos e sempre foi assim. O motivo é a espera entre uma corrida e outra.
- Você não acha que, se a fila não é privativa, ela deveria ser indiana para ser mais transparente?
Aqui não há nada a esconder, nada ilegal. Tudo é feito em conjunto com a Cotae. Se algo estivesse errado, eu não estaria dando essa entrevista.
João Paulo Nunes Pimentel defendeu o funcionamento da fila de táxi comum no aeroporto de Salvador e afirmou que não há irregularidades nas práticas adotadas no local. Segundo ele, as regras são claras, e a Cotae está ciente de todas as operações. Embora reconheça que o sistema possa gerar divergências entre os taxistas, Pimentel ressaltou que o controle é transparente e visa garantir um serviço de qualidade aos passageiros.
O Portal Ei Táxi deixa o espaço aberto para que a Coordenação de Táxi e Transportes Especiais de Salvador possa se manifestar sobre as questões abordadas.
Respostas de 6
observei que perante essa denúncia é foi informado a participação da cotae sendo que a mesma tem por obrigação de fiscalizar e não compactuar com essa organização mafiosa ou melhor dizendo criminosa que impedem o direito dos demais taxistas de usufruírem da fila como tem que ser eles são uma gangue pesada aonde se alguém chegar é ameaçado tem um testemunhas para informar fatos como esse devemos os demais taxistas nos reunir e entrar com ação junto ao ministério público para que a prefeitura de Salvador junto com a cotai venha fiscalizar a fila e fazer funcionar o serviço de forma democrática afinal todos nós passamos pelas fiscalizações e vistorias anuais para renovação do nosso alvará pagando os mesmos valores para obter os mesmos direitos.
agradeço a este jornal porque está colocando a tona o que os taxistas estão passando e a cotei não sei porque até agora não tomou uma posição em relação a isso que e velho queremos se respeitado somos taxistas
a cotai tem que tomar uma posição urgente porque todos nós samos taxistas e temos o mesmo direito e existe alguns taxista que se acha dono do aeroporto nem adianta pegar aquela fila pois para nois não anda se ficar lá irá perde seu dia quando vou para o aeroporto tenho que voltar vazio ou descer com aplicativo eles ficar passando o rádio entre eles um desrespeito com o colega taxista
aí teria q ser entrevistado a coordenação da cotae ,por essa conivência cm esse tipo de andamento de fila , várias filas em salvador demora para se fazer uma corrida e não é permitido essa vantagem , tem q acabar essa máfia do aeroporto e tbm ser investigado essa possibilidade de privatização da fila do aeroporto, pois o aeroporto é privado mais a área de acesso é pública, cm pode uma privatização, daí quem vai fiscalizar a fila? a cota ou a empresa Vinci?
esse cara é sacana no aeroporto a maioria que roda lá tudo bandido, acha que é dono que só eles pode roda lá, quando chego lá pra puxar a fila uma cara feia da porra,fazendo uma máfia entre eles pra que vc fique sempre em último na fila aí vai chegando os que roda lá eles vão colocando na frente, não agravando a todos mais a maioria tudo descarado,mau caráter, por isso que a categoria tá sofrendo….
Esse jornal pelo que entendi , está buscando um confronto entre os taxistas do aeroporto e a Cotae por qual motivo? Fica difícil assim viu Eitaxi