Na noite desta quarta-feira (18), a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) realizaram uma operação de combate ao transporte clandestino no aeroporto da capital baiana. A blitz, montada para surpreender motoristas irregulares, resultou na apreensão de veículos que estavam atuando ilegalmente no terminal aéreo. Alguns condutores conseguiram escapar da fiscalização, mas outros foram pegos e tiveram seus veículos removidos para o pátio.
No entanto, segundo o taxista Reginald Cohim, que há cerca de duas décadas cobra das autoridades ações mais eficazes contra o transporte clandestino no aeroporto, a operação não foi suficiente para frear a atividade ilegal. Na manhã desta quinta-feira (19), diversos motoristas clandestinos já estavam novamente no local, aliciando passageiros nos portões B e C do terminal.
“Infelizmente, hoje pela manhã, todos do turno da manhã e do turno da tarde, já estavam pelo aeroporto, parados, estacionados e aliciando os passageiros como se nada tivesse acontecido”, relatou Cohim. Ele afirma que o transporte clandestino no aeroporto opera em turnos, com grupos de motoristas atuando de manhã e à tarde, e outro grupo à noite e de madrugada. Essa divisão, demonstra a necessidade de agentes atuando diuturnamente para acabar com o problema.
Cohim também sugeriu que a operação pode ter sofrido um vazamento de informações, o que permitiu a fuga de alguns motoristas. “Foi uma operação surpresa, foi bom, mas acredito que houve vazamento de informações, porque alguns conseguiram escapar”, comentou o taxista.
Além disso, Reginald Cohim acredita que o trio que comanda o transporte na prefeitura de Salvador, composto pelo secretário de mobilidade, Fabrizzio Muller, o diretor de transporte, Armando Yokoshiro, e a coordenadora da Cotae, Luila Neves, não demonstra compromisso com os taxistas. Para ele, os três não devem ter interesse em acabar com essa irregularidade, uma vez que, até o momento, não tomaram medidas concretas que possam realmente resolver o problema no aeroporto. “Aqueles três da Semob, Fabrizzio Muller, Armando Yokoshiro e a coordenadora da Cotae, são três incompetentes, prevaricadores, que não estão nem aí para o aeroporto. Eles não têm compromisso com o taxista, porque se tivessem, já teriam tomado alguma atitude concreta, principalmente para restabelecer o convênio. Tô cansado de gente mentirosa!”, desabafou o taxista.
Para que a questão seja realmente resolvida, Cohim defende a necessidade de um convênio formal entre diversas entidades. “Enquanto não for restabelecido um convênio entre o Ministério Público, Vinci Aeroportos, Comando da Polícia Militar, Detran, Agerba [Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia], Secretaria de Mobilidade e a Cotae [Coordenação de Táxi e Transportes Especiais de Salvador], não vai resolver nada no aeroporto referente ao transporte clandestino”, destacou. Ele considera a ação pontual um “enxugamento de gelo” e insinuou que a operação poderia ter caráter eleitoral.
Apesar da iniciativa das autoridades na noite de quarta-feira, o retorno imediato dos clandestinos na manhã seguinte mostra que o problema persiste e exige medidas mais eficazes para coibir a prática ilegal no aeroporto de Salvador.
Uma resposta
Bom dia a todos!
infelizmente essa abordagem só existe em carros particulares que chegam para buscar seus passageiros como familiares e amigos. Os verdadeiros Candestinos nunca são pegos . Porque isso, existe pessoas infiltrado que alerta os verdadeiros Candestinos que evadem do local antes que a fiscalização chega. Fora que alguns dos Candestinos tem parentes envolvidos como agentes da transalvador e PMs que não dá em nada .
Enquanto não partir uma ordem legal do governador da Bahia solicitando a retirada com o apoio da Agerba que é o órgão que fiscaliza o transporte ilegal com apoio da PM nada vai resolver. E nisso os taxistas que pagam seus impostos e taxas no aeroporto continua sofrendo.