Recém-chegada ao universo dos taxistas, Soraya Gouveia tem 35 anos e trabalha na área do transporte apenas há um. Motivada pelo seu marido, que é taxista há 26 anos, ela entrou no ramo devido ao desemprego e à crise no setor de vigilância, em que ela tem experiência.
Empoderada, Soraya acredita que mais mulheres deveriam trabalhar com táxis. “Muitos clientes me elogiam pelo fato d’eu estar dirigindo um táxi. Eu gosto muito de trabalhar e sou sempre simpática com meus passageiros. Estou sempre puxando conversa para entender o que meu cliente quer. Trato bem, ofereço água, confeito”, relatou a taxista.
A data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, faz-nos lembrar a garra da mulher. Nos faz lembrar, também, que Erasmo Carlos estava correto quando disse que era “uma mentira absurda” o fato de dizerem que “a mulher é o sexo frágil”. Soraya é a prova disso.
Ligada às modernidades, Soraya utiliza aplicativos para fazer corridas, mas acredita que o modo tradicional ainda funciona bem. “O aplicativo ajuda, mas não importa o modo, o que eu quero é fazer meu trabalho da melhor maneira possível”, pontuou Soraya.
Ela ainda é enfática quanto à realização do seu trabalho. “Eu rodo de madrugada. Às vezes dá certo medo, mas eu enfrento. Eu gosto de trabalhar. Não nasci para ficar em casa. Meu carro está sempre limpinho, à espera dos clientes. Essa é a maior fidelização que eu posso oferecer a eles”, comentou.
Feliz, Soraya acredita que o trabalho a dignifica dia a dia. “Poder sair com o meu carro para trabalhar já é ótimo. Espero poder continuar ainda por muitos anos, pois é isso o que me move”, finalizou.
Por Pedro Souza