O taxista João Adorno, que concorreu pela primeira vez a uma vaga na Câmara Municipal de Salvador, não conseguiu se eleger, mas considera o resultado satisfatório. Ele obteve 1.034 votos e terminou como suplente pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), ocupando a 22ª posição dentro da legenda, que conquistou quatro cadeiras. Para Adorno, a experiência foi desafiadora, principalmente pela concorrência com candidatos de fora da categoria e pela falta de recursos comparada aos demais. “Minha avaliação é extremamente positiva. Sair pra uma eleição, cuidando de cem pessoas pra conseguir os alvarás e os carros. A eleição, a cada dia que passa, se torna mais difícil, mais complexa e distante das pessoas que realmente querem chegar para trabalhar.”
O taxista também destacou as dificuldades financeiras enfrentadas durante a campanha. De acordo com Adorno, sua verba foi significativamente inferior à de outros candidatos que também buscavam o voto dos profissionais do táxi. “O orçamento dado a mim e a eles foi completamente diferente. Ele [Denis Paim] recebeu R$30 mil, ela [Bereguedê] recebeu R$100 mil e eu recebi R$10 mil”, explicou.
Foco no futuro e no fortalecimento da categoria
Mesmo sem uma cadeira no legislativo, Adorno se mantém otimista em relação ao futuro e acredita que é necessário um trabalho de união da categoria para que o objetivo de eleger um representante se concretize. Ele aponta que as decisões políticas não devem ser tomadas de maneira isolada e que todo projeto precisa ser construído de forma coletiva. “Agora, é trabalhar incansavelmente para que a gente possa reunir as condições, unir a categoria e continuar trabalhando. Essa etapa, pode ter certeza, que não será deixada para trás, não será esquecida. Nós estamos adiando o sonho de ter um vereador taxista na cidade de Salvador.”
Quanto às eleições de 2026, ele não descarta uma nova tentativa, mas reforça que tudo dependerá da vontade de Deus e do apoio da categoria. “Talvez em 2026, a gente possa ter as melhores condições para quem sabe tentar uma candidatura para deputado estadual, deputado federal. Mas isso, se for da vontade de Deus e se for da vontade da categoria. Eu não posso ter um projeto político onde eu venha tomar as decisões isoladas. Não existe no meio político o que tem no meio artístico chamado carreira solo. Eu tenho um grupo político e esse grupo político é quem diz aonde eu devo ir.”
Agradecimento aos eleitores
Adorno aproveitou para expressar sua gratidão aos eleitores e garantiu que não há sentimento de derrota. Para ele, os mais de mil votos recebidos são um reflexo de confiança em seu projeto político. “Eu queria agradecer de verdade a cada um. Estou feliz, não esperem de minha pessoa discurso de derrotado, não esperem da minha pessoa colocar a culpa na categoria. Se tivemos 1.034 votos, temos que agradecer a Deus porque as pessoas acreditaram no nosso projeto político. Nada supera o trabalho e nós iremos buscar ser eleitos, iremos dialogar mais e buscar unir as pessoas que comungam do mesmo pensamento pra seguirmos em frente.”
Com sua primeira experiência eleitoral como aprendizado, João Adorno se mostra motivado a continuar sua atuação como líder da categoria e a buscar, junto aos taxistas de Salvador, formas de fortalecer a representatividade política no futuro.
Respostas de 3
Velho, mais 4 anos de sofrimento, esse cara não se toca não é? Atrapalhando a categoria, pelo amor de deus. Vou até parar de acompanhar esse site.
Rapaz, uma hora dessa Fabrizzo Muller tá comemorando que a estratégia dele deu certo. Até quando a categoria vai ficar batendo palma pra isso? Precisamos de candidatura ÚNICA e Denis hoje é o único que tem condições.
Esse cara viaja! Só fez atrapalhar os outros, rapaz. Voto em bereguedê, mas não voto nele. Saiu já sabendo que não ganharia, pessoal não se liga nisso!