Má conservação e a falta de itens e equipamentos obrigatórios para a condução de passageiros são apenas alguns dos problemas encontrados nos carros que fazem transporte clandestino em Salvador. Em muitos casos, chega-se ao extremo de flagrar condutores inabilitados transportando passageiros, o que coloca em risco a população. Ainda assim, os órgãos competentes negligenciam a grave situação e o número de carros irregulares só tem aumentado no aeroporto, rodoviária e ferry boat.
Para o taxista Reginald Cohim, na praça há 27 anos, a única solução é uma ação integrada entre a prefeitura Municipal de Salvador e o Governo do Estado. “Existe a conivência das autoridades. Os policiais militares fazem vista grossa. Conhecem todos os clandestinos, mas alegam que é um problema municipal”, explica.
A responsabilidade da fiscalização é papel da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), mas os responsáveis pelo órgão alegam que não é possível fazer o enfrentamento sem a ajuda da Polícia Militar.
Cohim afirma ainda que a situação só tem piorado desde que um convênio entre Prefeitura e a Polícia Militar com o objetivo de combater os clandestinos foi desfeito em 2009. “De lá pára cá vem se tentando reativá-lo sem sucesso”.
Após várias conversas com o governo do estado e a prefeitura tentando intermediar a situação e sem respostas concretas, o taxista entrou com um processo no Ministério Público Federal apara apurar a situação.
Fazer transporte irregular implica em punições e medidas administrativas, incluindo a retenção do veículo.