Apesar da denúncia publicada pelo Ei Táxi (veja aqui), em 2020, a situação dos taxistas, que têm as vagas de táxi ocupadas, indevidamente, por feirantes, no ponto do Largo do Luso, na Av. Afrânio Peixoto, no bairro de Plataforma, no subúrbio de Salvador, continua sem solução. A Coordenação de Táxi e Transportes Especiais (Cotae) permanece inerte diante do problema, deixando os taxistas à mercê de dificuldades e ameaças diárias.
A área, que deveria estar reservada para o embarque e desembarque de passageiros, tem sido invadida por feirantes que ocupam as vagas com tabuleiros de produtos. A sinalização horizontal que delimitava as quatro vagas dos táxis desapareceu completamente, contribuindo ainda mais para o caos e a desordem no local.
“Tomaram conta do ponto, a sinalização no chão não existe, nós que rodamos aqui, estamos pedindo socorro”, relatou um taxista que trabalha no ponto e pediu para não ser identificado, temendo represálias. A presença constante dos feirantes não apenas obstrui o espaço destinado aos táxis, mas também coloca os motoristas em situações de confronto quando tentam reivindicar seus direitos.
A solução para esse problema envolve outra pasta municipal, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), que precisaria ser acionada pela Cotae para realocar os feirantes e restaurar a ordem. No entanto, a Cotae tem se mostrado um órgão desorganizado e ineficaz, falhando em suas responsabilidades de apoiar e regulamentar a atividade dos taxistas.
A omissão do poder público é evidente e revela um descaso alarmante com os profissionais que operam em bairros periféricos. Enquanto a fiscalização é rígida sobre os taxistas, ações concretas para resolver os problemas que eles enfrentam são negligenciadas. Essa falta de ação reflete uma administração que prioriza a punição em vez de fornecer suporte e soluções viáveis para os trabalhadores.
Os taxistas do Largo do Luso continuam a enfrentar a mesma rotina de dificuldades, aguardando que as autoridades competentes finalmente intervenham para restaurar o espaço que lhes pertence e garantir condições de trabalho dignas e seguras. Até que uma solução seja implementada, a situação em Plataforma permanece um símbolo de abandono e desrespeito por parte das autoridades municipais.