Por Helton Carlucho
Salvador (BA): Segundo a Associação Geral dos Taxistas (AGT), 402 profissionais da categoria foram assaltados em Salvador, em 2019. O índice, que representa mais de um roubo por dia, tem preocupado a classe, que há anos vem buscando ações preventivas junto ao Governo do Estado. Apesar das constantes cobranças, nada tem sido feito e a situação vem piorando. Em janeiro deste ano, 34 taxistas foram assaltados. O número representa um crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2019.
Para o presidente da AGT, Denis Paim, o resultado negativo é fruto da inércia dos órgãos públicos. “Estamos o tempo todo solicitando providências. […] A Polícia Militar promete intensificar a segurança, mas não acontece nada”, reclama. Denis revela ainda que a categoria tenta uma audiência com o secretário de Segurança Pública do estado, Maurício Teles Barbosa, desde ano passado, mas não tem tido sucesso. “Protocolamos um pedido de reunião em novembro de 2019, no entanto, até agora não responderam”.
Além da falta de ações preventivas, a impunidade também é apontada como uma das causas do aumento no número de assaltos em 2020. “Nos raros casos que os meliantes são presos, eles são soltos logo em seguida, na audiência de custódia. Ficando impune, o marginal volta a cometer o crime contra o taxista”, declara Paim.
ASSASSINATO – Na noite do dia 12 de fevereiro, a vida de mais um taxista foi tirada. Antônio Jorge de Souza Gomes Júnior (A-5623) foi morto na Av. Barros Reis, em Salvador. Segundo informações preliminares, o profissional teria sido baleado por um casal. A polícia ainda investiga a motivação do crime.
Na mesma noite, taxistas seguiram em carreata de protesto até sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba. A categoria cobra do órgão a resolução de assassinatos cometidos contra a classe em 2019 e 2020.