O taxista Reinaldo Batista, alvará A-3487, 41 anos, não esperava ter fama desta forma. Há cerca de três semanas, viu seu nome ser apontado na imprensa como suspeito de colaborar com dois traficantes. Ainda sente os efeitos do episódio.
“Fico com medo de ser marcado como motorista de facção. Esse é o medo de quem trabalha nessa área [táxi]”, desabafa Reinaldo, em entrevista ao Ei, Táxi.
O taxista conta que tem o costume de buscar a mãe de um dos homens, no bairro de Plataforma. Porém, desta vez, o filho solicitou a corrida. Quando chegou ao local, ele estava acompanhado de um outro rapaz.
Por volta das 10h, o carro foi abordado na fila do ferry boat por policiais militares. Ele e os dois suspeitos foram encaminhados à delegacia. Horas depois, Reinaldo foi liberado. Nem chegou a ser preso.
Mas quem recebe o vídeo da reportagem pelo WhatsApp não tem acesso aos detalhes, apenas o que disse o comandante da operação à reportagem da Record TV Itapoan. O policial afirmou que o taxista tinha costume de fazer o suposto serviço de tráfico.
Reinaldo diz que não pensa em processar a Polícia Militar, mas não descarta acionar a Justiça contra a Record. “A Record vamos ver aí, eles expuseram minha imagem, com alvará e tudo”, afirmou.
A reportagem do Ei, Táxi tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, mas não obteve um posicionamento até a publicação desta matéria.