Na última sexta-feira (21), o diretor operacional da Cooperativa Táxi Comtas, Reginald Cohim, esteve reunido com o secretário de mobilidade de Salvador, Pablo Souza, para discutir demandas relacionadas aos táxis especiais da cidade. Durante o encontro, foram apresentadas sugestões para a criação e sinalização de vagas exclusivas para os táxis do aeroporto, além da necessidade de medidas mais eficazes contra o transporte clandestino na capital baiana.
Cohim solicitou a instalação de placas de estacionamento para táxis especiais em pontos estratégicos da cidade, como a Igreja do Senhor do Bonfim, o Mercado Modelo e o Farol da Barra.
“Solicitei uma placa de táxi na região da Igreja do Bonfim, com duas vagas, uma pra Comtas e outra pra Coometas; uma no Mercado Modelo, que já teve, mas algum setor da prefeitura tirou; e uma no Farol da Barra, onde há vagas para vans, mas não para os táxis do aeroporto”, explicou.
Outro ponto abordado foi a necessidade de reforçar a sinalização no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, onde atualmente há duas vagas destinadas aos táxis especiais. Segundo Cohim, taxistas de outras cidades vêm ocupando esses espaços.
“Nada contra eles, mas essas vagas são dos táxis especiais da Comtas e Coometas. A gente pede pra eles saírem, mas dizem que também são táxis especiais, como os de Praia do Forte, que pertencem a outro município.”
O secretário Pablo Souza se mostrou receptivo às demandas e afirmou que buscará soluções para os problemas apresentados, segundo o diretor operacional.
Transporte clandestino no aeroporto: um desafio para a gestão
Outro tema central da reunião foi a crescente atuação de transporte clandestino no Aeroporto Internacional de Salvador. Cohim relembrou um antigo convênio entre o governo estadual e a prefeitura, firmado na gestão do ex-prefeito João Henrique Carneiro (2005-2012), para o combate ao transporte irregular. Ele sugeriu que um novo acordo entre os órgãos públicos poderia ajudar a enfrentar o problema.
O secretário admitiu a dificuldade em conter os clandestinos, classificando a situação como uma “dor de cabeça” para a gestão.
“Ele disse que realmente precisamos resolver, que é feio. Comentou que tem conversado com o Júlio Ribas, superintendente do aeroporto, e que precisa tratar do assunto com o Coronel Wellington, comandante do policiamento do aeroporto, para buscar soluções”, relatou Cohim.
Além disso, Pablo Souza afirmou que há vazamento de informações dentro da secretaria, prejudicando operações de fiscalização.
“Ele relatou que sabe que quando vão fazer uma operação, alguém vaza a informação, ele está aborrecido com isso. Acabam multando apenas três ou quatro carros, quando na verdade era para serem pelo menos quinze ou vinte”, afirmou o diretor da Táxi Comtas.
Para Reginald Cohim, a reunião foi positiva, pois o secretário se mostrou acessível e disposto a colaborar. “Ele nos ouve e demonstra preocupação com as questões que levamos. Agora, vamos aguardar um prazo para que ele consiga nos atender”, concluiu.
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