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Taxista, olho aberto, cuidado com os oportunistas

Por Adriano Rios

Diretor Executivo do jornal Ei, Táxi

 

Os taxistas, ultimamente, têm sido motivo de matérias na imprensa nacional e até internacional. No âmbito internacional, o assunto pautado é o surgimento do aplicativo de carona renumerada, Uber, que avança por várias cidades do mundo rapidamente. Já aqui, no Brasil, não só o Uber causa dor de cabeça aos taxistas, mas também temas conhecidos como transporte clandestino e insegurança pública continuam a aterrorizar a vida desta categoria.

 

Falando especificamente do nosso estado, criminalidade, transporte clandestino e Uber, nessa sequência de importância, ganharam destaque na imprensa baiana. Embora o Uber ainda não atue por aqui, a categoria já está apreensiva com a possibilidade da chegada do aplicativo.

 

Um fato que é corriqueiro em momentos como este é velha prática de falsos representantes tentarem ganhar notoriedade em cima do trabalho de outros. O verdadeiro papagaio de pirata que quer sair bem na foto, mas não merecia estar ali. Isso é muito comum em todas as categorias, e com o taxista não seria diferente. O fanfarrão aproveita que a imprensa não especializada desconhece os verdadeiros líderes e anda por aí posando de bom moço como se fosse o grande defensor da classe. A verdade é que não passa de aproveitador de quinta categoria, porque quando a categoria não o segue, revolta-se contra os seus e a máscara cai.

 

Hoje, com a velocidade de compartilhamento de informações pelas redes sociais, percebe-se que muitas pessoas espalham áudios ou postagens, muitas vezes levados pelo novo hábito de querer compartilhar aquela informação rapidamente, ainda que se trate de uma inverdade. Isso é um perigo!

 

Temos acompanhado esses e outros problemas que atingem a categoria. Os verdadeiros líderes, apesar de não buscarem holofotes, merecem que o taxista reconheça os seus esforços. Por exemplo: acompanhamos a luta de Reginald Cohim, taxista da Comtas, e Vicente Barreto, presidente da Coometas, contra o transporte clandestino; presenciamos a participação de Gilberto Silva, presidente da Coastaxi, no combate ao clandestino e na conquista da redução da contribuição sindical; tivemos o prazer de ver surgir, recentemente, uma liderança jovem para os taxistas auxiliares, o revolucionário Jairo Conceição, presidente da Atas; temos visto, o quanto Vicente Barreto tem corrido o país na busca de proteger os direitos do taxista brasileiro ameaçado pelo Uber; em Camaçari, somos prova de que o sindicato funciona e a prefeitura respeita a instituição, méritos para seu unânime presidente, Edson Fernandes; e, no interior, temos em Santo Amaro, José Roberto, presidente da Atasa e José Garibaldi França, diretor da Coopetax de Feira de Santana, ambos lutando contra os abusos da Agerba. São apenas alguns exemplos de cidadãos que têm feito pelo taxista, buscando a melhora da categoria e não interesses pessoais.

 

É importante que os pontos sejam colocados nos “Is” e a categoria saiba quem é quem. 2016 vem aí e com ele a velha conhecida campanha eleitoral. O taxista precisa ficar de olho aberto, porque liderança não está no apito, mas na mesa de reunião.

 

O Jornal Ei, Táxi está com a máquina ligada e não deixará que panos sujos se misturem aos limpos. Vamos em frente!

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