Após oito meses desde a publicação da primeira matéria pelo Ei Táxi sobre a possível alteração na regra de motorização para táxis especiais que atuam no Aeroporto de Salvador, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) segue sem responder às demandas dos taxistas.
Durante esse período, os taxistas das cooperativas Comtas e Coometas aguardaram ansiosamente por uma resposta da Semob, após terem enviado um ofício formalizando o pedido de revisão da norma. No entanto, como tem sido comum em casos semelhantes, o documento foi engavetado pelo secretário Fabrizzio Muller, chefe da pasta.
A persistente falta de resposta por parte da Semob tem gerado frustração e descontentamento entre os taxistas, que veem suas solicitações sendo ignoradas e suas condições de trabalho prejudicadas. Apesar dos esforços do Ei Táxi em buscar esclarecimentos junto ao órgão responsável, até o momento não houve retorno sobre o assunto.
A discussão em torno da necessidade de revisão da regra de motorização para táxis especiais em Salvador permanece relevante, especialmente considerando as mudanças tecnológicas nos veículos atuais e as expectativas dos clientes em relação ao serviço prestado. A imposição de uma motorização mínima de 1.400 cilindradas ou 120 cavalos tem impactado diretamente os taxistas, dificultando a aquisição de veículos mais acessíveis e adequados às suas necessidades e orçamentos.
Enquanto a Semob alega a falta de estudos técnicos que embasem uma possível mudança na norma, os taxistas questionam a real importância dessa exigência, destacando que outros critérios, como conservação do veículo, presença de ar-condicionado e qualidade do atendimento, são muito mais relevantes para a prestação de um serviço de qualidade aos passageiros.
A falta de previsão de novos estudos por parte da Semob para embasar qualquer alteração na legislação vigente levanta questões sobre o comprometimento do poder público com a busca por melhorias no setor de transporte individual de passageiros por táxi em Salvador. A espera por uma resposta se estende, enquanto a situação financeira da categoria de taxistas continua a ser desconsiderada.
Diante desse cenário, os taxistas e o Ei Táxi reforçam a importância de uma revisão da regra de motorização para táxis especiais, visando garantir tanto a satisfação dos clientes quanto a viabilidade financeira dos profissionais que atuam nesse segmento. O prefeito Bruno Reis é instado a tomar medidas para resolver essa questão, em benefício da classe dos taxistas e da sociedade soteropolitana como um todo.