A Prefeitura de Salvador segue sem confirmar informações a respeito do reajuste da tarifa de táxi na cidade. Apesar dos recentes encontros entre taxistas e o secretário de mobilidade, Fabrizzio Muller, nada foi definido até agora. Segundo o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), maioria participante da pesquisa quer a reposição tarifária.
Defasada desde 2016, ano do último reajuste, a tarifa de táxi na capital baiana tem sido postergada pela gestão municipal ao longo desses anos, inclusive com apoio de muitos taxistas. As decisões foram tomadas baseadas na concorrência com os veículos por aplicativos e depois por conta da pandemia de covid-19.
Naquele ano, o preço da corrida teve um acréscimo de 10,48%, e a bandeirada passou de R$ 4,35 para R$ 4,81, a bandeira 1 passou a custar R$ 2,42 por quilômetro rodado e a bandeira 2 R$ 3,38. O valor da hora parada ficou em R$ 24,12.
De 2016 até junho deste ano, a inflação, que é medida pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo], está acumulada em 37,3%.
Não só taxistas membros da AGT bem como de outros grupos como a Comissão dos Taxistas e o Sinditaxi têm se reunido com o chefe da Secretaria de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, mas apesar disto, o gestor limita-se a dizer que essa pauta está sendo avaliada.
De acordo com informações de Denis Paim, presidente da Associação Geral dos Taxistas, a pesquisa que vem sendo realizada pela Associação, mostra um resultado parcial de 90% dos taxistas ouvidos favorável à reposição.
O fato é que já são quase sete anos sem reposição. Sem equalização tarifária que faça frente à inflação, não há como manter a empresa funcionando bem, muito menos as contas do lar.