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Passar uma tarde em Itapuã

Itapuã é um bairro de Salvador que ficou conhecido no Brasil e no mundo através das músicas dos poetas Vinicius de Moraes e Dorival Caymmi. Suas belas praias e coqueirais foram cantadas em verso e prosa pelos dois artistas que foram moradores do bairro e, hoje, dão nome a duas praças da romântica e poética Itapuã.

 

Conhecida por muitos dos seus moradores como “pedra que ronca”, Itapuã na verdade significa “pedra de ponta” ou “pedra erguida”. Seu batismo é de origem tupi, formado pela junção dos vocábulos indígenas itá (pedra) e apuã (ponta ou erguida). Apesar das muitas histórias que envolvem o surgimento do bairro, o que se sabe é que as terras de Itapuã já foram chamadas por vários nomes, e eram arrendadas pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição até a década de 1950. Como é comum acontecer em Itapuã, a origem do bairro está relacionada às diferentes narrativas que se contradizem e se complementam, e que algumas vezes fazem parte dos muitos mistérios do lugar.

 

Pontos turísticos

 

A Lagoa com seus mistérios e lendas. Foto: Site Viagem pelo Brasil
A Lagoa com seus mistérios e lendas. Foto: Site Viagem pelo Brasil

 

São muitos os encantos de Itapuã, o que faz do bairro um lugar muito frequentado pelos soteropolitanos e muito visitado pelos turistas. Dentre os principais pontos turísticos de Itapuã destacam-se:

 

  • Praia de Itapuã

A cerca de 35km do centro de Salvador, a Praia de Itapuã é conhecida por suas águas tranquilas, pois é cercada por uma barreira natural de recifes.

 

  • Farol de Itapuã

Quinto farol a ser erguido na Bahia, e quadragésimo segundo no Brasil, o Farol de Itapuã foi construído sobre a pedra de Piraboca, em 07 de dezembro de1873, e é considerado um patrimônio cultural do bairro.

 

  • Lagoa do Abaeté

A Lagoa do Abaeté é um dos ícones de Itapuã. Cercada por mitos e lendas, a lagoa foi, por muito tempo, uma das principais fontes de renda das pessoas do bairro, que a usavam para pescar e lavar roupas. Hoje, ela faz parte do Parque Metropolitano do Abaeté que está situado dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA) de cerca de 12.800km2, composta por dunas, lagoas e vegetação nativa.

 

A Itapuã que pouca gente conhece

 

Paixão, 70 anos, mora na Rua do Jenipapeiro desde que nasceu.
Paixão, 70 anos, mora na Rua do Jenipapeiro desde que nasceu.

 

Famosa por suas praias e belezas naturais, Itapuã também é conhecida por sua cultura boêmia com seus bares e restaurantes. Quem visita Itapuã pode comer o Acarajé da Cira, beber uma cerveja nos bares da orla ou comer em restaurantes requintados como o Mistura Fina e o Casa de Vina, espaço que funciona na antiga residência do poeta Vinicius de Moraes.

 

Porém, Itapuã é um bairro populoso e de grandes dimensões que reserva boas surpresas para os visitantes mais audacioso. O Jornal Ei, Táxi foi conhecer um desses lugares especiais do bairro, onde é possível conhecer e conviver com os Itapuãzeiros (moradores do bairro) na singela Praça do Jenipapeiro que fica na Rua Manoel Lisboa, antiga Rua do Jenipapeiro.

 

O industriário aposentado, pescador, ex-barraqueiro de praia e, hoje, dono do Bar da Chica, Manoel Paixão dos Santos, o popular Paixão, mora na antiga Rua do Jenipapeiro desde que nasceu, há 70 anos. “Essa rua, que agora se chama Rua Manoel Lisboa, se chamava Jenipapeiro, porque tinha uma grande árvore de Jenipapeiro aqui. É por isso que até hoje a pracinha que os amigos e familiares se encontram se chama Praça do Jenipapeiro”, afirmou Paixão que acha que o mar é o maior encanto do bairro de Itapuã.

 

Amigos jogando dominó, tomando uma cervejinha gelada, comendo o feijão de domingo da Aninha ou o delicioso acarajé da baiana Elaine confraternizam todos os finais de semana na Praça do Jenipapeiro. “Nós somos uma fração de Itapuã. Itapuã tem a Lagoa do Abaeté, o farol, a sereia, mas também tem esse lado magnífico que é a Praça do Jenipapeiro… Onde a gente consegue congratular com esse grupo, que se torna uma família na verdade”, disse o corretor de imóveis Dário Ferreira, convidando as pessoas a conhecerem a Itapuã de “dentro”.

 

Além de todas essas coisas, a Itapuã de “dentro” ainda oferece muita música. Próximo à Rua do Jenipapeiro, o Água de Pote, bar de três amigos de infância que moram em Itapuã, oferece uma programação musical semanal repleta de MPB e muito samba. Aos domingos, quem passa o dia na rua e na Praça do Jenipapeiro pode curtir o samba de raiz que corre no sangue dos Itapuãzeiros. “Esse espaço onde existe o Água de Pote hoje era a casa da minha avó, que era uma pessoa muito alegre e que adorava música. Eu e meus dois sócios somos sambistas e aqui, no início, era o lugar onde nós fazíamos os ensaios da nossa banda. Itapuã é o que Caymmi e Vinicius cantaram, mas Itapuã é muito mais do que isso também… O Itapuãzeiro legítimo tem aquela essência de ajudar o próximo, tem o sentimento de comunidade… Itapuã é show de bola… Eu digo aos meu pais e amigos que mesmo se eu ganhasse na loteria hoje, daqui de Itapuã eu não sairia”, disse um dos sócios do Água de Pote, Tarcísio Luiz, Itapuãzeiro legítimo.

 

O samba ferve nos finais de tarde de sábado e domingo no Água de Pote. Foto: Divulgação
O samba ferve nos finais de tarde de sábado e domingo no Água de Pote. Foto: Divulgação

 

Redação Ei, Táxi com algumas informações do site Salvador Cultura Todo Dia (Fundação Gregório de Mattos).

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