Denilton Santana dos Santos é taxista em Lauro de Freitas há, aproximadamente, três anos e começou sua jornada na profissão como auxiliar. Casado há nove anos e morador do bairro de Itinga há mais de 30, ele foi contemplado com seu próprio alvará, a partir de cadastro na Prefeitura Municipal. Mesmo com o pouco tempo de praça, é perceptível sua luta em prol da categoria. Não é difícil encontrá-lo nas discussões na Câmara de Vereadores da cidade ou nos órgãos que competem à classe de taxista.
Sobre o cenário da categoria, especificamente a questão do número de alvarás na cidade, Denilton enfatiza que a quantidade está além do limite e que as contemplações não foram satisfatórias. “As pessoas que foram contempladas na ocasião deveriam ser aquelas que se encontravam como auxiliares no sistema de táxi. Eram 130 táxis, se cada auxiliar fosse contemplado, iríamos para 260”.
A cidade vizinha a Salvador vive os mesmos problemas da capital, ele analisa. “A degradação do sistema de táxi é muito grande. As pessoas não estão sentindo um pouco da dor que o taxista sente. Precisamos acordar 3h ou 4h da manhã para fazer roteiro, perdemos noites e ainda tem a questão do transporte clandestino. Muitos colegas que estão na praça, hoje, não conseguem pagar seus carros e suas contas. Existem colegas com busca e apreensão expedida para o veículo.
Estrutura – Apesar do grande número de táxi na cidade (350) a estrutura oferecida para a categoria não é satisfatória. “Já pedimos várias vezes os pontos de táxis, mas nada é definido”, explica. “Ainda tem a questão dos clandestinos. Eles também são vítimas do sistema, por que são baseados em algumas promessas que foram feitas a eles. Mas são um problema para o taxista. A gestão municipal precisa nos proporcionar a estrutura, não basta apenas o taxista cumprir com suas obrigações e a prefeitura não fazer a parte dela. Nós prestamos um serviço para a cidade, e para que esse serviço seja prestado com eficiência e qualidade, é preciso que a classe seja assistida”, desabafa.