Por Edjane Penaforte
O Táxi Merece Respeito!
Não se Trata de um Veículo, Mas de um Pilar da Mobilidade Urbana com Segurança e Dignidade.
Quantos prefeitos ainda fingirão não ver a diferença abismal entre um serviço público legalizado — o táxi — e as alternativas informais que ocupam as ruas das cidades brasileiras? Até quando o poder público permitirá que um serviço regulamentado, fiscalizado, com condutores habilitados, treinados, identificáveis e comprometidos com a segurança urbana, seja tratado como se fosse descartável?
É hora de dizer, com todas as letras: o serviço de táxi não é apenas mais uma opção de transporte, ele é um instrumento de política pública, um componente vital do sistema de mobilidade urbana e, sobretudo, um serviço essencial de interesse coletivo.
O que estamos assistindo nas capitais brasileiras é um verdadeiro desmonte institucional do SACS (Serviço de Transporte Individual por Táxi), fruto de omissões administrativas, interpretações jurídicas deturpadas e de um frenesi tecnológico que ignora a responsabilidade social.
O táxi tem lastro legal — está protegido por leis federais, possui alvarás municipais, segue regras claras de conduta e tributações regulares. Ele não é um aplicativo, não opera sob “termos de uso” privados, e não se esconde no anonimato digital. O táxi é o único serviço de transporte individual que tem rosto, identidade, ponto fixo e compromisso com a cidade.
Prefeitos e secretários municipais de transporte: a pergunta que não quer calar é — vocês estão realmente defendendo o interesse público ao permitir que o sistema de táxis morra à míngua, sufocado pela omissão e pela desregulamentação silenciosa?
Onde estão os investimentos em tecnologia pública para conectar passageiro e taxista? Onde está a valorização de um serviço que existe há mais de um século no Brasil e que cumpre, com dignidade, sua função?
A verdade é que está faltando coragem política para enfrentar o lobby das grandes corporações de transporte privado e afirmar, de forma clara, que o táxi é patrimônio urbano.
É hora de reverter esse quadro. É hora de exigir que o Ministério das Cidades, a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (SEMOB) e as prefeituras das capitais se posicionem.
Precisamos de uma Plataforma Nacional de Taxistas Regulamentados, com tecnologia pública, integração digital e gestão transparente.
A omissão de hoje será a crise de mobilidade de amanhã.
A invisibilização do táxi é, na prática, a negação de um serviço público, o enfraquecimento da segurança viária e o abandono da população que mais precisa de transporte acessível e confiável.
Aos prefeitos, fica a pergunta:
Vocês vão continuar virando o rosto, ou vão ter coragem de defender o que é legal, seguro e justo?
Edjane Penaforte
Taxista do Aeroporto de Palmas-TO











