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Editorial: Que tal uma conversa estratégica, numa relação de ganha-ganha com o seu cliente?

ganha-ganha
Foto: reprodução de www.webeconomia.it

 

É comum notarmos muitos taxistas relatarem debates acalorados com outras pessoas sobre a atual situação da categoria e sobre os aplicativos que viabilizam o serviço de veículos particulares.

 

Nesse debate, infelizmente, nem sempre o taxista consegue manter a tranquilidade e argumentar da forma correta. Às vezes, ouvimos histórias de que a discussão acabou em bate-boca entre taxista e passageiro. O profissional precisa permanecer-se calmo e lembrar-se de que o interlocutor momentâneo não é seu inimigo, mas aquele que está comprando o seu serviço, ou seja, o seu cliente.

 

Esse assunto costuma ser tenso para o taxista, pois ele já espera receber críticas e ouvir que o seu serviço é caro etc. A melhor saída é reconhecer os erros da categoria, mesmo que não tenha sido você quem errou. Concordar com o interlocutor sobre as suas queixas e falar pra ele que a categoria, hoje, sabe que precisa melhorar e tem buscado isso. No momento em que você, taxista, aceita o que o seu cliente está argumentando, ele não terá mais o que falar, porque você já concordou com ele. As queixas dele cessam ali e, a partir deste momento, a palavra estará com você.

 

Pergunte para o seu passageiro qual é a sua profissão. Pergunte se ele concordaria que alguém que não tivesse tido todo o esforço que ele teve na vida para alcançar a sua formação e emprego, posasse em sua área de trabalho sem ter seguido o caminho que ele percorreu.

 

Questione-o quanto à evasão de divisas que as empresas de tecnologia cometem. Lembre-o das despesas governamentais com estradas, saúde, educação, segurança e tantas outras que não veem a contribuição financeira destas companhias.

 

Faço-o refletir quanto à insegurança de andar num veículo que não foi vistoriado. Da possibilidade de estar sendo conduzido por uma pessoa que não tem experiência com este serviço ou de que um ente seu seja guiado por um amador. Pior, da possibilidade de estar sendo levado por um criminoso. Neste momento, faça uma ressalva sobre muitos deles que são pais e mães de família e estão nesta situação por conta do desemprego. Estas pessoas também são vítimas destas empresas que as exploram numa condição perturbadora de custo benefício.

 

Por fim, toque no quesito preço. Comece colocando que há espaço para um debate sobre a tarifa do táxi, que é compreensível uma reavaliação, especialmente pelo momento vivido pela população. Em seguida, convide-o para avaliar se o valor justo deste serviço seria o que os aplicativos propõem que seja pago. Pontue as despesas diárias, a margem de lucro dos aplicativos, a insalubridade e o risco dessa profissão e depois o questione se fosse ele que voltasse para casa com aquele determinado valor/dia depois de tantas horas trabalhando com tamanha vulnerabilidade.

 

Importante ressaltar que essa conversa deve-se dar num clima amigável, com pausas para que o interlocutor possa analisar e responder às suas colocações.

 

Seja cordial com o seu cliente, pois mesmo discordando, é possível que ele pare pra refletir sobre o contexto desta situação e reavalie a sua posição.

 

Boa sorte, amigo taxista!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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