A diretoria da Desenbahia rebateu as acusações feitas, nesta quinta-feira (24), pelo taxista Denis Paim, que acusou a agência de “prejudicar” os titulares em renegociação de contratos do PROTÁXI. Segundo a diretoria, a Agência segue o que determina o FUNDESE. Ainda conforme o órgão, durante o período de pandemia, excepcionalidades estão sendo aplicadas para ajudar o taxista que enfrenta dificuldade por conta da crise gerada pela Covid-19.
Após a publicação da denúncia feita pelo taxista Denis Paim (Veja Aqui), o Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Desenbahia, Agenor Martinelli Braga, entrou em contato com o Ei Táxi para rebater as acusações de Denis. Segundo o executivo, a Agência segue o que determina o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (FUNDESE). Ele explica que no Decreto nº 8.046, de 4 de outubro de 2001, a Seção IV, Art. 35, diz que: “Os financiamentos do subprograma PROTÁXI, que visa apoiar as iniciativas dos profissionais proprietários de táxi da cidade de Salvador e de outras cidades na renovação da frota em circulação, através de seu órgão de classe, obedecerão às seguintes condições…”. Martinelli detalha que o financiamento só pode ser feito através de órgão de classe, porque a entidade de classe ajudará a Desenbahia a ter uma espécie de controle uma vez que o órgão estadual não tem acesso à vida financeira do cliente como um banco tradicional do sistema financeiro.
Apesar desta norma, o diretor informou que eles resolveram flexibilizar através da suspensão do contrato, tendo em vista a dificuldade que a categoria está enfrentando com a pandemia do novo coronavírus.
Não é verdade que ele foi impedido de fazer a renegociação. A titular dele pode ter vindo aqui e não ter sido atendida por falta de agendamento, mas se ela agendar, nós iremos atender. Denis Paim teve uma primeira vez aqui na Desenbahia e nós o atendemos, eu e a Dra. Rita Simões, Gerente de Renegociação, mesmo sem ele ter agendado, o que seria obrigatório por conta do decreto do Estado de isolamento social. Eu disse pra ele que mesmo a gente sendo obrigado a fazer todo o processo através das entidades de classe, que ele trouxesse a relação que nós entraríamos em contato com os taxistas e daríamos encaminhamento. O que ele está falando, agora, é uma inverdade e eu não sei por qual motivo”, contou Martinelli.
Com relação à queixa de que a Associação Geral dos Taxistas (AGT) não pode se credenciar e que existem novas caixinhas realizando a intermediação, o diretor disse que não procede. “Não credenciamos ninguém novo, todos que estão credenciados já eram”.
“O Decreto do FUNDESE me proíbe de fazer uma negociação direta com o taxista, sem intermédio de uma entidade de classe, mas se o taxista foi de uma cooperativa e não é mais, e tenha um contrato conosco, nós iremos fazer a renegociação sim. No entanto, ele precisará da entidade de classe que fez parte da assinatura do contrato no início do financiamento”, explicou o executivo da Desenbahia.