Comentários de leitores nas matérias publicadas pelo Ei Táxi expõem a má qualidade do serviço e abusos por parte da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e da Coordenação de Táxi e Transportes Especiais (Cotae) sobre os taxistas da cidade. Situações de tratamento inadequado, penalidades injustas e sensação de impotência diante de abusos dos órgãos municipais são recorrentes.
As reclamações incluem relatos de multas injustas, aplicadas sem motivo aparente ou mesmo após situações onde os taxistas se encontravam cumprindo suas obrigações. Em alguns casos, os motoristas foram multados mesmo quando estavam presentes no veículo e aguardavam a abordagem dos agentes para regularizar qualquer questão.
Outros comentários destacam a postura prepotente e arrogante de alguns agentes da Transalvador e da Cotae, que tratam os taxistas com desrespeito e superioridade, dificultando a resolução de problemas e gerando um ambiente de hostilidade.
Veja alguns dos comentários abaixo:
“Eu fui multada três vezes no mesmo dia, mesma hora, ou seja, uma multa após a outra, no valor de R$ 196,00. Fui viárias vezes na Transalvador e não resolveram nada, tive que pagar.”
“Fui no médico, o local de estacionar estava sem o pessoal da Transalvador, tinha saldo no aplicativo, mas fui multada em R$196,00.”
“Comprei, em Santa Catarina, um carro vindo de Salvador. Nunca estive na Bahia, mas fui multada em Janeiro deste ano, por estacionamento em lugar proibido. O carro está comigo há um ano.”
“Eu já fui multado dentro do carro enquanto aguardava o agente para destacar o bilhete, passou a viatura eu estava na porta do veículo aguardando o rapaz emitir o bilhete, o rapaz veio eu paguei, mas uns dias depois, chegou a multa. Fui até a Transalvador, fiz a defesa, e o resultado foi indeferindo, além do prazo para pagar com desconto vencido.”
“Fui acusado de ter feito serviço de transporte clandestino só pelo fato de um folião me perguntar se eu faria uma corrida por um determinado valor. A corrida não foi consumada, mas mesmo assim apreenderam meu veículo e me multaram. Recorri e perdi. Infelizmente, tornou-se uma indústria de multas desse órgão.”
“Fui multado na rodoviária, tinha acabado de deixar um passageiro e fui finalizar a corrida no celular.”
“Eu também fui multado no comércio, dizendo que eu estava estacionado na faixa amarela. Se eu estivesse ocupando vinte centímetros, seria muito. Eu estava no volante do veículo. O agente com toda prepotência, ordenou que eu removesse do local, mesmo assim fui multado.”
“Eu peguei a fila da Av. Centenário, na Barra, e tomei uma multa na fila de táxi por não estar com o farol baixo ligado, achei estranho que o carro parado na fila tomasse uma multa dessas.”
“Este órgão só serve para perseguir e atrapalhar a vida do taxista, uns agentes arrogantes que se acham superiores, ficam torcendo para achar qualquer coisinha para apreender o veículo. Você sente no olhar, o prazer dos caras em autuar e apreender.”
“Sou esposa de taxista e vivencio de perto as dificuldades que todos eles vivem. Em contrapartida, a Cotae deveria ser um órgão criado para ajudá-los, mas infelizmente é o oposto, cada dia mais dificultando os serviços, exigindo documentações com determinadas limitações exigidas pelo órgão.”
“Boa quantidade dos funcionários, ali, sentem-se com o rei na barriga e sempre com ar de superioridade perante os taxistas. Tente alguma pergunta a uma recepcionista, magra, que atende na sala 3.”
“Este tipo de desrespeito, abuso do poder conferido pela função, irresponsabilidade no exercício das tarefas, dentre outras mazelas, é o reflexo de uma administração descomprometida com o bem comum e o bom servir. Estes agentes, totalmente despreparados, são consequência do apadrinhamento político e da incompetência dos gestores públicos do município.”
“O órgão público deveria ser parceiros dos taxistas e não inimigo. O tratamento que recebemos na Cotae, por alguns servidores, é uma vergonha. Fiscalizar não é punir, às vezes, orientar é a melhor solução. Se você é bem tratado, o cidadão, mesmo punido, fica satisfeito.”
Essas situações são um reflexo da indiferença dos gestores municipais, incluindo o chefe da Secretaria de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, e o prefeito Bruno Reis. Apesar das inúmeras queixas e denúncias, pouco tem sido feito para melhorar a situação dos taxistas na cidade.
Diante desses relatos alarmantes, é essencial que a prefeitura de Salvador se manifeste e adote medidas concretas para garantir um tratamento justo e respeitoso aos taxistas. É necessário que as autoridades municipais ajam com urgência para investigar as denúncias de abusos e perseguições por parte dos órgãos responsáveis pelo controle do trânsito e dos táxis na cidade.
Espaço para Manifestação da Prefeitura
O Ei Táxi solicita um posicionamento sobre as denúncias feitas pelos taxistas em relação aos abusos e perseguições por parte da Transalvador e da Cotae. Aguardamos uma resposta oficial da gestão municipal e cobramos medidas concretas para resolver essas questões e garantir um tratamento justo e digno aos taxistas da cidade.
Uma resposta
Realmente os agentes de trânsito estão exagerando na condução de seu trabalho, estão extrapolando na medida do possível. Muitos não tem educação na ora de interpelar um motorista, já presenciei vários problemas, inclusive com discussões acirrada que chegou até a vias de fato, que é triste tanto para o agente ou o condutor. Mas espero que estas observações chegue ao conhecimento dos gestores que comando está casa que é a PREFEITURA, e que possamos ter um tratamento mas amenos e respeitoso. A classe de TAXISTA pede SOCORRO.