O presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, fez um balanço sobre a atuação dos taxistas durante o carnaval de 2024 em Salvador, destacando tanto os pontos positivos quanto os problemas enfrentados. Segundo Paim, os taxistas tiveram uma atuação aprovada, embora algumas irregularidades tenham sido identificadas. No entanto, ele criticou severamente a Coordenação de Táxi e Transportes Especiais de Salvador (Cotae) e a Secretaria de Mobilidade (Semob), apontando falhas graves na organização e na operação do trânsito e transporte durante a festa.
Durante o carnaval, os taxistas foram destacados por sua atuação positiva, proporcionando um serviço de qualidade aos foliões. No entanto, mesmo com essa avaliação positiva, Denis Paim ressaltou que algumas irregularidades foram identificadas, como casos de cobrança de corridas fora do taxímetro, que são proibidas por lei.
Por outro lado, Paim criticou duramente a falta de fiscalização do transporte clandestino e a “desorganização” na operação de transporte do carnaval por parte da Cotae e da Semob. Ele apontou problemas recorrentes, como a presença de veículos particulares sem selo de autorização, o comércio ilegal de selos de acesso para moradores na internet e a desorganização dos bloqueios para acesso aos circuitos da festa.
“A gente já imaginava isso, tanto que antes e durante o carnaval, participamos de reuniões com a Semob e alertamos para os problemas que já eram conhecidos, mas que continuaram acontecendo. Os táxis ficavam presos num gradil antes de pegar os passageiros; os agentes de trânsito abandonavam os postos após às 22h30, dificultando os acessos dos táxis nos bloqueios existentes para veículos particulares; uma bagunça com diversos veículos particulares entrando, sem selo, nos portais de acesso aos circuitos do carnaval; o comércio ilegal de selo de acesso para moradores, na internet, abertamente pra todos verem e sem nenhuma solução da Semob. Em resumo, foi a mesma baderna de sempre.”
Segundo o presidente da AGT, mesmo com as dificuldades impostas pela Cotae e pela Semob, os taxistas demonstraram profissionalismo e dedicação, o que resultou em uma diminuição significativa no número de infrações em comparação com o ano anterior. Ele ressaltou que, apesar das “laranjas podres”, a maioria dos taxistas de Salvador presta um serviço de excelência. “Apesar de todas as dificuldades que a Cotae e a Semob proporcionam ao taxista no carnaval, podemos dizer que a classe teve uma atuação aprovada, os números comprovam isso. Sobre os taxistas que foram notificados por cobrar a corrida fora do taxímetro, infelizmente existem as laranjas podres, mas elas não representam os mais de 7 mil profissionais de Salvador. Nosso serviço é de excelência”.
Por fim, Denis Paim fez um apelo aos taxistas insatisfeitos com a atuação da Semob, solicitando que denunciem as irregularidades à imprensa e às autoridades competentes. Ele ressaltou a importância de não se calar diante das injustiças e de lutar pelos direitos da categoria. “Eu entendo que os taxistas têm medo de sofrer represálias, mas em algum momento é preciso que as denúncias sejam feitas para que não fique transparecendo que é uma luta individual e política.”