Há um lugar para conversarmos sobre nós, uma escuta que nos dê atenção. Falar com os velhos não é caretice, ao contrário, é recordar de histórias passadas. Leituras antigas são inspiradoras. É saboroso mexer em nossos papiros para rever escritos como, poemas, mensagens, bilhetinhos, cartões de visita e mensagens. Nós não devemos abandonar todo o nosso passado.
E os ditados antigos, estes servem para aprendermos e darmos risadas. A gente perde a vergonha e ficamos mais soltos. Os velhos ditados nos fazem refletir, pensar, admirar e filosofar. Esses ditos ainda parecem que estão vivos em nossa pós-modernidade. Eles são falas do povo que movem a nossa alma e a emoção. São as lições dos velhos oráculos, gurus e sábios.
Lembrem que nós seremos os caretas de hoje. Amanhã vão nos chamar de atrasados, desatualizados e fora de moda. Esses que falam isso em piadas e desfeitas serão os “coroas” de amanhã. Seus cabelos e barbas ficarão brancos. A calvície aparecerá radiante perante o sol e a vida. Agora, aos mais velhos, eu dou um conselho. O que nos deixa careta de fato é a mente. A mente pode ser o nosso presente quando não ligamos para essas coisas preconceituosas de alguns jovens inconvenientes. Vamos contemplar a vida e viver a nossa velhice como somos e como gostamos.
Ser grato pelo nosso passado é respeitá-lo. Aprendemos muito com o passado. Falar do passado com as palavras sinceras é gostoso e nos motiva, vivemos plenitude e nos amamos. Mesmo o passado tendo sido amargo em alguns momentos é bom revivê-lo para abrirmos de vez a velha mala. Amar a si mesmo é valorizar a autoestima, aceitar como você é e seguir em frente. Pense nisso!
Conrado Matos é Psicanalista, Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia. Pós-graduando em Educação em Gênero e Direitos Humanos pelo NEIM/UFBA.
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