Após cobrança no Ei Táxi, Cotae volta atrás a libera o Renault Kwid como táxi em Salvador. Desde dezembro de 2021, veículos com porta-malas abaixo de 290 L estão proibidos de serem utilizados para a prestação do serviço na cidade. Apesar da decisão, a Coordenação de Trânsito e Transportes Especiais de Salvador mantém a restrição para o Fiat Mobi e o Volkswagen Up.
Desde dezembro do ano passado, veículos com porta-malas abaixo de 290L como o Renault Kwid (290 L), estão impedidos de serem utilizados como táxi em Salvador. A norma está no Art. 27 do SETAX – Serviço de Transporte Individual de Passageiros por Táxi, que regula o sistema da capital baiana: “Os veículos utilizados para a prestação do serviço de táxi convencional deverão atender às seguintes especificações mínimas: VIII – capacidade mínima de porta-malas de 290 (duzentos e noventa) litros, não computado o volume ocupado pelos cilindros de GNV, se for o caso;”. Mas, embora esteja expressa no regulamento, nos últimos dois anos, a Cotae vinha flexibilizando e permitindo que os veículos fossem utilizados. Um entendimento que ia ao encontro da realidade do mercado já que estes veículos estão inseridos no sistema de transporte individual de passageiros através dos aplicativos privados de mobilidade.
Após a publicação do Ei Táxi, na edição do mês passado (veja aqui), a Cotae voltou atrás e decidiu, no dia 23 de agosto, por permitir que o Renault Kwid pudesse voltar a ser utilizado pelos ‘praças’, o que facilita a situação daqueles taxistas com alguma dificuldade financeira.
Apesar deste anúncio, o Fiat Mobi (215 L) e o Volkswagen Up (285 L) seguem barrados pela Coordenação.
A decisão de uso de um determinado veículo, nos aplicativos privados, fica nas mãos do cliente, que pode escolher o veículo que deseja utilizar. No sistema de táxi, regulado pelo poder público, essas decisões ficam nas mãos de poucos. Este é um dos exemplos de como o pensamento de algumas pessoas pode prejudicar o desenvolvimento de um país.