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O desequilíbrio indesejado

flickr.com_Antonio Martínez Tomás

 

Por Antônio Carlos Aquino de Oliveira

 

O planeta terra nunca foi harmônico, estável e equilibrado em nenhum aspecto, mas reside no lado mais humano dos normais o sonho da paz, da convivência pacífica e da harmonia entre povos, nações, países, cidades e lares, só possível com um mínimo de equilíbrio e respeito entre os diferentes.

 

A velocidade dos avanços tecnológicos, das imagens em tempo real, da disseminação de informações, às vezes brutas e mal tratadas, quando não deformadas, está provocando um arraso de efeitos ainda inimagináveis e incalculáveis nas cabeças, corações e relações, aprofundados perigosamente pelo desequilíbrio das forças e suas condições.

 

O mundo que merece avaliação é o de agora e o de amanhã, e como tal, na esteira das eleições no Brasil, do aniquilamento da Venezuela, nos descalabros na nossa América Latina, nos infindáveis conflitos no oriente médio, na África e pelo globo terrestre, entre tantas mazelas, urge questionar o descompasso e distância entre os extremos como fonte de agravamento das crises.

 

Tomando nosso Brasil como referência, e parafraseando o poeta que dizia que “tá todo mundo louco”, nosso desequilíbrio de forças e energias agravou-se tanto que entrou em espiral, vulgarmente denominado parafuso, posto que tudo que era escondido está vergonhosamente às claras, máscaras caíram e verdades foram expostas. A sensação percebida, disseminada e que está hegemônica é da vitória das forças do mal, dos incivilizados, dos falsos profetas, dos demagogos, dos salvadores da pátria, dos cretinos, dos depravados e canalhas sobre todos os valores éticos e civilizatórios. As forças do bem estão acuadas, aparentemente vencidas.

 

Mantendo o sentido figurado de “bem e mal”, cabe destacar a polaridade extremada que se cristalizou entre a sociedade trabalhadora — contribuinte e eleitora — e os poderes da república e a sua máquina perdulária, irresponsável e negligente de “moer” cidadãos e cidadanias. Se a generalização não for cabível, para o cidadão não há como deixar de concluir que os resultados dos serviços prestados pelo setor público, em todos os setores, são péssimos. Como destacar os bons se os resultados percebidos são tão ruins, injustificadamente negativos?

 

A desmoralização de conceitos, valores mínimos e básicos das relações humanas banalizou perigosamente a violência, as injustiças, a corrupção e todas as formas de exploração dos homens e mulheres pelos poderes constituídos e/ou clandestinos, convenientemente confundidos e entre si tolerados. As instituições desmoralizadas são afrontadas a ponto da desobediência civil, política e legal ser abertamente pregada, exatamente por quem mais deveria defender os princípios democráticos e republicanos.

 

Os números e as estatísticas são estarrecedores, entretanto, todas as ações e medidas são para aprofundar o poço e o fosso. A lei da selva e do “salve-se quem puder” não poderia estar disseminada no século XXI da forma absurda que encontramos e assistimos.

 

Repudiando os imorais mercadores da fé, os demagogos e os canalhas encastelados nas mais diversas formas e níveis de poder, um povo não pode viver sem esperança. Não se deve negar aos filhos de uma nação o direito de sonhar com melhores dias, especialmente a sua gente de bem, honesta e trabalhadora.

 

Costumamos dizer que alguém está desequilibrado quando perde a compostura, comete uma insanidade. Pois bem, o ano é de eleição e o que está sendo oferecido aos brasileiros não é o que essa gente e essa terra precisa: falsos milagres. É preciso dar equilíbrio mínimo ao país e isso é muito complexo, difícil, oneroso. Falar sério e verdadeiro seria um bom começo, mas não é o que se vê.

 

Na boa e sincera fé, buscando no fundo da alma o resto de esperança, exercitando o direito sagrado de sonhar, façamos tudo que nos couber para manter a sensatez e o equilíbrio. Cobrar e exigir mais harmonia nas relações, encurtamento da distância que separa, classifica – desclassifica e segrega as pessoas, a ponto de nenhum dos extremos, nem o meio – centro, nada ganhar e todos perderem.

 

Aquino 2018

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Administrador, Consultor, Publicitário e Empresário.

E-mail: [email protected]

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2 respostas

  1. Poucos conhecem o significado de ter pobreza de espírito, descrito na bíblia sagrada.
    Menos o “eu” e mais o nós!
    A felicidade mora naqueles que desapegam da felicidade materializada, na prática da elevação e reforma do pensamento instituído sobre a verdade de fatos a nós imposta pela sociedade repleta de hipocrisia.
    Mais amor à causa do bem comum.
    Parabéns e abraço

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