Por Conrado Matos
Em diversas classes de profissionais sabemos que existem alguns que agem com a falta de ética. Fala mal dos seus próprios colegas de trabalho. Isso é visto como um veneno que contamina todo grupo. Enquanto alguém pensa que está se ajudando, está também se prejudicando. Se, eu como psicanalista e professor, falo mal dos meus colegas como profissionais, eu estou falando mal de mim mesmo. Vejo assim. O respeito começa a partir de mim mesmo. Se, eu falto com a ética comigo mesmo e com as demais pessoas, eu estou sendo irresponsável e sabotador. Não mereço também o respeito.
As profissões sofrem mudanças no mercado, surgem novos concorrentes, e devemos estar preparados para recepcionar estes concorrentes com muito equilíbrio emocional e criatividade. Desespero gera conflito e desarmonia no grupo. O certo é pensarmos logo em se atualizar, em se unir com os demais profissionais de onde fazemos parte, para criar uma maneira de sair da crise. Tem que articular uma forma de atingirmos os nossos objetivos. Ficar perdendo tempo resmungando, desfazendo do modo que o colega trabalha, não dá.
Na nossa vida profissional nem sempre são flores, surgem os espinhos para nos atormentar. São concorrências, rasteiras, perdas e traições. Quando não temos autoestima elevada para enfrentar uma situação difícil, não seremos vencedores. Não levantamos a nossa bandeira. As correrias serão em vão. Serão como corridas que não levarão a nada. O cliente é o primeiro a perceber quando o profissional está desanimado e quando existem concorrências desleais entre companheiros de profissões. Os boatos correm mais rápido do que o vento.
As relações interpessoais, saudáveis em momentos complicados são atitudes importantes. Diminuem com possíveis conflitos antiéticos e infantis. O profissional que tem essas competências de relações interpessoais boas sabe fazer o bom convívio e coopera para a melhora de todos que vivem ao seu redor. Sabe fazer o seu diferencial. Melhora a família, a vida conjugal e a relação com os colegas de trabalho.
Toda profissão tem crise. Os taxistas, por exemplo, vêm passando por uma crise na profissão, porém se forem criativos vão conviver melhor com o concorrente, sem precisar estar falando mal dele. Agindo com autoconfiança é uma atitude de superação. Boicotar a autoestima é uma atitude de fracasso. Sacanear os colegas é o fim da classe. Desculpe eu ter que dizer isso. Quanto mais vocês usarem atitudes interpessoais positivas e leais, com respeito, empatia e companheirismo, vocês crescerão ao lado do concorrente. Vou deixar aqui uma frase de Karl Marx: “PROLETÁRIOS DE TODO MUNDO, UNI-VOS!” Pensem nisso!
Conrado Matos
Psicanalista, Licenciado em Filosofia e Bacharel em Teologia. Pós graduando em Educação em Gênero e Direitos Humanos pelo Neim/Ufba.
E-mail: [email protected]
2 respostas
Se tudo começa pelo respeito então devemos nos posicionar na condição do outro.
A ética está relacionada com a justiça social que é universal.
Parabéns pela reportagem
Parabéns amigo .muito bom o assunto falando.