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Aplicar a Bandeira 2 em dezembro é punir o cliente que opta pelo táxi

Foto: Ei, Táxi (arquivo)
Foto: Ei, Táxi (arquivo)

 

Dezembro chegou e com ele a possibilidade do taxista de Salvador aplicar a Bandeira 2 na cobrança da tarifa, um aumento de cerca de 40% no valor da corrida, saindo de R$ 2,42, para R$ 3,38, por km rodado. Entre os profissionais, a discussão se mantém como em anos anteriores, alguns defendem a tarifa mais cara e outros não. A questão não é possuir o direito à cobrança e tentar “recuperar” as perdas, mas se o cliente está disposto a pagar a conta ou ainda se o remédio para as perdas é mesmo esse.

 

Desde que os veículos particulares passaram a oferecer o mesmo serviço que o táxi (em abril de 2016 em Salvador), uma grande parcela de passageiros migrou do táxi para o carro particular.

 

O taxista, então, viu-se numa encruzilhada durante o mês de dezembro: utiliza-se do direito de aplicar a Bandeira 2 para “recuperar” as perdas do ano ou desiste do aumento para não afastar ainda mais o passageiro?

 

Pelo jeito, até hoje, o taxista não sabe o que é melhor. Não fosse isso, a dúvida não existiria.

 

O que é o mercado de táxi, se não a venda de um serviço que depende da demanda? Infelizmente, alguns taxistas ainda não compreenderam isso.

 

Num restaurante, o proprietário mesmo tendo a liberdade de aplicar o preço que deseja, sabe que sua vontade de faturar mais tem relação direta com a vontade do cliente em querer consumir no seu estabelecimento. Agora, adicione a concorrência nessa conta. Ou seja, querer cobrar mais não é simples assim. Tem que “combinar com os russos”.

 

O menor preço e as ações de marketing das plataformas digitais foram fundamentais para a chegada e o crescimento do concorrente, porém não foi apenas por isso que o passageiro migrou. Inovações tecnológicas como a estimativa de preço também foi um diferencial significativo, uma vez que o cliente passou a saber previamente quanto seria o valor da corrida.

 

Sem querer aceitar a mudança de comportamento das pessoas que passaram a solicitar um transporte, seja táxi ou veículo particular, através de aplicativos, o taxista segue sem aderir aos Apps de táxi ou recusando solicitações de corridas naqueles que está cadastrado, achando que conseguirá fazer frente à tecnologia. Quem insiste nessa tese está fadado ao insucesso.

 

O remédio para as perdas não é um aumento de 40% no valor do serviço, com certeza que não. Aliás, em nenhum outro mercado isso faz sentido, aumentar para recuperar clientes.

 

A solução passa pela tecnologia, por estar fácil de ser localizado, por parcerias, por ações de marketing, por qualificação no atendimento, por estratégias de diferenciação. Não fique achando que o passageiro irá procurá-lo para negociar se vai ser Bandeira 1 ou 2, que não vai. A tecnologia lhe permite cotar o preço do serviço através dos aplicativos como acontece normalmente em outras áreas.

 

Sabendo que o táxi é Bandeira 2 em dezembro, é muito provável que a procura pelo serviço diminua.

 

Cobrar mais caro de quem opta pelo táxi, nos tempos atuais, é penalizar quem mantém o segmento de pé. Pense nisso!

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2 respostas

  1. Excelente texto, sábias palavras e fico triste com meus colegas acharem vque vai se dar bem na bandeira 2. É tentar acabar com a classe mas rápido

  2. Infelizmente na nossa classe ainda tem muitos profissionais com olhos fechados, não tem como ter bandeira 2, é ver o serviço de taxi acabar muito mais rápido do que já caminha.

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